(Maurício Vieira)
Da energia estonteante da bateria do bloco Tico-Tico Serra Copo retumbando nas paredes do Túnel da Lagoinha, passando pelos repertórios brega e sertanejo do Beiço do Wando e do É o Amô, ao azul e misticismo do Pena de Pavão de Krishna (PPK) e às caveiras do Unidos do Samba Queixinho. O Domingo de Carnaval em BH teve diversidade o suficiente para agradar a todos.
Logo cedo, às 7h, na Praça do Cristo, no Barreiro, o PPK iniciava os preparativos para o cortejo que, por problemas técnicos, só foi sair depois das 10h. Mesmo sob sol quente, os foliões pintados de azul não desanimaram e se divertiram ao som do afoxé.
Enquanto naquele lado da cidade, a vibe da tranquilidade reinava, partia do bairro Colégio Batista um considerável grupo de foliões rumo ao Concórdia. Era o cortejo do Tico-Tico Serra Copo, que proporcionou uma experiência única aos foliões quando a bateria entrou no Túnel da Lagoinha e fez ecoar o batuque nas paredes.
Alternativo
As músicas bregas cativaram o público presente no Beiço do Wando, que neste ano desfilou na Pampulha. Além de canções eternizadas pelo homenageado do bloco, os foliões cantaram Sidney Magal, Gretchen e até Pabllo Vittar.
Outro repertório alternativo aos tradicionais de Carnaval, que também encantou uma multidão, foi o escolhido pelo bloco estreante na folia de BH, o É o Amô.
O romantismo do sertanejo bateu forte naqueles que seguiram o cortejo que tomou a Getúlio Vargas, no Funcionários. De “Nuvem de Lágrimas”, conhecida nas vozes de Chitãozinho e Xororó, a “É o amor”, de Zezé Di Camargo e Luciano, canção que nomeou o bloco.
Giramundo
O bloco Unidos do Samba Queixinho levou para as ruas do bairro de Lourdes e Centro o universo das caveiras mexicanas. Mas, neste ano, não só a caracterização bem específica dos foliões, com pinturas nos rostos, fez sucesso.
A bateria do bloco ganhou a companhia especial dos bonecos gigantes do Giramundo, que deixaram o museu do grupo teatral para serem homenageados e incorporar o universo carnavalesco de BH.
Mais intimista, o bloco Gilboísmo tomou a rua Outono, no bairro Cruzeiro, região Centro-Sul de BH. O grupo organizador abriu mão do trio e de abrir a festa com o tradicional desfile da bateria. No repertório, comandado por um DJ, músicas eletrônicas e hits do momento.
(Colaboraram Ana Júlia Goulart, Guilherme Guimarães, Lucas Borges e Mariana Durães)