Devido à idade, criança ainda não tinha recebido nenhuma dose do imunizante
A mãe do bebê que morreu de coqueluche no Sul de Minas não recebeu a dose da vacina que poderia protegê-la, e também o bebê, da doença. A informação foi dada nesta sexta-feira (30) pelo subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG), Eduardo Prosdocimi.
"De acordo com as investigações epidemiológicas, é devido à falta de vacina, que a mãe não fez quando estava grávida", destacou.
Segundo o Ministério da Saúde, gestantes devem tomar uma dose da vacina do tipo adulto (dTpa) a partir da 20ª semana a cada gestação. A pasta destaca que a coqueluche é uma doença endêmica, com epidemias em intervalos de três a cinco anos, e que a suscetibilidade à doença é geral.
Também informa que o indivíduo torna-se imune em duas situações: ao adquirir a doença (a imunidade duradoura, mas não é permanente) e pela vacina: mínimo de 3 doses com a pentavalente (DTP+Hib+Hepatite B), um reforço aos 15 meses de idade e outro aos 4 anos, com a tríplice bacteriana (DTP).
A imunidade não é permanente. Após 5 a 10 anos, em média, da última dose da vacina, a proteção pode ser pouca ou inexistente.
"Coqueluche é uma doença que pode ser evitada com a vacina, que é eficaz e está disponível nas unidades de saúde. Portanto, fica sempre a nossa recomendação aos pais, aos responsáveis: bora vacinar! Vamos atualizar os cartões de vacina", finalizou Eduardo Prosdocimi.
No entanto, apesar de o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG reforçar a necessidade de as famílias procurarem os postos de saúde para vacinar as crianças, o Estado informou que uma das vacinas está em falta e que aguarda o envio de novas remessas por parte do Ministério da Saúde.
O Hoje em Dia procurou o Governo Federal para saber quando novas doses serão enviadas para Minas. Esta matéria será atualizada com o posicionamento do ministério.