Miquéias Nunes de Oliveira, de 33 anos, trabalhava em uma clínica de estética de Ibirité
Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram o momento em que a biomédica Kéia Oliveira discute com o ex-marido (Divulgação/ PCMG)
Imagens divulgadas pela Polícia Civil nesta quarta-feira (19) mostram o momento em que a biomédica Miquéias Nunes de Oliveira, de 33 anos, é abordada pelo ex-marido em uma clínica de Ibirité, na Grande BH. No vídeo, é possível ver os dois discutindo momentos antes do homem assassinar a ex-companheira a facadas.
Após o crime, duas mulheres que estavam no local fogem desesperadas. Uma delas vai até a delegacia mais próxima para relatar a ocorrência e a outra fecha o portão da clínica, impedindo a fuga do assassino, que foi preso em flagrante no local.
Segundo a polícia, o homem pediu para a vítima voltar com ele para casa para os dois "conversarem". No entanto, ela não aceitou o convite.
Assim, o homem sacou um canivete e desferiu diversos golpes contra ela. Duas mulheres estavam no local do crime e fugiram desesperadas. Uma delas correu em direção à delegacia mais próxima e a outra trancou o portão da clínica, o que impediu o acusado de fugir do local.
O delegado Wellington Faria acredita que o suspeito só não fugiu por conta do portão trancado. Ele destaca que o homem é caminhoneiro e teria facilidade para evadir para longe da região metropolitana de Belo Horizonte. O agente ainda elogiou a ação das duas testemunhas no local, que não deixaram o homem sair e acionaram a polícia rapidamente.
“Temos imagens que mostram que após cometer o delito, ele tenta fugir do local. Só não foi possível por conta de uma das testemunhas que foge em direção à delegacia e a outra tranca o portão da clínica. Pelo fato dele trabalhar como caminhoneiro, e estar acostumado a viajar por 20 a 30 dias, acreditamos que ele iria sim fugir”, afirmou.
O homem será indiciado pelos crimes de feminicídio e posse ilegal de arma. A pena, segundo o delegado, pode chegar a 40 anos. Além disso, a sentença pode aumentar ainda mais por conta dos múltiplos golpes desferidos contra a vítima e a mulher não ter tido chance de se defender.
A separação, que motivou o crime ocorreu no dia 10 de março, teria sido motivada após a vítima descobrir uma traição do marido com uma ex-namorada dele.
De acordo com a polícia, antes de Kéia terminar o relacionamento, ela teria descoberto mensagens entre o então marido e a ex dele. Isso foi um dos motivos para a separação no fim de 2024.
No entanto, o homem não aceitava o término do relacionamento e ficou quase três meses perseguindo a vítima. De acordo com relatos concedidos à polícia, o homem ameaçava cometer suicídio caso a mulher o deixasse, mas nunca afirmou que iria tentar algo contra a vida dela, o que pode ter dado um falso sentimento de segurança à Kéia.
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