Defesa Civil aponta "risco iminente de colapso" nas estruturas atingidas pelo fogo; perícia dos Bombeiros investiga a causa do sinistro
Incêndio atingiu imóveis na avenida Vilarinho, em BH (Defesa Civil/Divulgação)
O incêndio de grandes proporções que atingiu estabelecimentos comerciais na avenida Vilarinho, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, na noite dessa quarta (1º), resultou na interdição de três lojas e na manutenção do isolamento de parte da avenida. A medida, tomada após visotira da Defesa Civil municipal nesta quinta-feira (2), ocorre devido ao grave comprometimento estrutural dos imóveis.
O órgão municipal avaliou o risco em três estabelecimentos atingidos: a loja de tinta, a loja de pneu e o imóvel vizinho, de vistoria veicular. Marcos Vinícius Vitório, agente de proteção da Defesa Civil de BH, disse que há risco de colapso.
"As estruturas estão comprometidas, há risco iminente de colapso da estrutura remanescente das paredes, bem como da estrutura de zinco que é o telhado", afirmou.
Diante do cenário, foram elaboradas notificações de risco para que os proprietários não utilizem o espaço.
A responsabilidade por demolir ou fazer as reparações necessárias é do proprietário, segundo Vitório. "A responsabilidade se torna do proprietário. Se ele vai demolir, ou se ele vai fazer as reparações, é de acordo com a orientação técnica do profissional do qual ele contratar", explicou o agente.
Por questões de segurança e devido ao risco de queda de destroços na via pública, uma das faixas da avenida Vilarinho naquele trecho permanece interditada. "Vai ser solicitado ainda manter o isolamento preventivo. Considerando que existe o risco ainda da fração cair para via pública", detalhou Vitório. A liberação da faixa dependerá de uma nova avaliação técnica.
O Corpo de Bombeiros (CBMMG), por meio da perícia de incêndio, está investigando o caso. O capitão Rodrigo Alves, perito de incêndio, explicou que a atividade busca identificar a causa e a origem do sinistro para melhorar a técnica de atuação da corporação e as normas de licenciamento. "Somente uma perícia poderá indicar o que causou o incêndio", concluiu o agente da Defesa Civil.
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O incêndio que atingiu imóveis comerciais na avenida Vilarinho, em Belo Horizonte, na noite dessa quarta-feira (1º), deixou um rastro de destruição e desespero. Em meio às chamas altas e explosões, os proprietários dos estabelecimentos afetados relataram a dor da perda e questionaram o atendimento do Corpo de Bombeiros.
Na Liderança Rodas e Pneus, onde o fogo teria começado, o proprietário Pedro Ermílio Júnior lamentou a perda total do imóvel. Ele afirmou que o comércio estava fechado e que a causa do incêndio é um "grande mistério", já que a parte elétrica havia sido trocada há cerca de quatro anos e não havia fontes de energia no local de estocagem.
"O que fica mesmo é o prejuízo, é a lamentação, porque a gente sabe a dificuldade que é para ter as coisas", disse o empresário, emocionado ao estimar os estragos causados pelo fogo.
Na loja vizinha, a Super Latas, que vende peças de lataria, o cenário era de correria. Funcionários e proprietários fizeram um mutirão para retirar as mercadorias.
Vítor Malheiros, proprietário da Super Latas, relatou que acionou o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) por volta das 18h. No entanto, ele criticou a demora e o efetivo que chegou ao local. "A menina dos bombeiros informou que iriam vir 20 soldados, mas não vieram; vieram três ou quatro", pontuou.
Ele acredita que uma ação mais rápida e com mais homens teria evitado que o fogo se alastrasse para sua loja. "Se eles tivessem vindo com essa equipe, não teria pegado fogo, porque começou do outro lado e veio para a minha loja", acrescentou.
O Corpo de Bombeiros informou que o fogo teria iniciado na loja de pneus e estava se alastrando. Até o momento, a causa do incêndio não foi identificada. A Defesa Civil de BH é aguardada para vistoriar os estabelecimentos na manhã desta quinta-feira (2).