(Manoel Freitas)
A realidade é ainda mais assustadora do que os números mostram. Essa é a avaliação da 2ª tenente Mônica Beatriz Zuba, do 3º Pelotão da PM sobre a violência contra a mulher em Montes Claros.
Os dados alarmantes, segundo ela, são ainda maiores, porque muitos casos não chegam até as autoridades de segurança. A questão foi um dos temas abordados nesta quarta (31) no Congresso de Segurança Pública.
“Somente em 2018, nos oito primeiros meses, em Montes Claros, a Polícia Militar atendeu a 1.803 casos de violência doméstica. Estes são os que a gente tem conhecimento. Agora imagina os não registrados”, disse a tenente, que aponta a criação de um juizado especial como uma das soluções possíveis para o problema.
O mesmo entendimento tem a delegada da Mulher, Karine Maia Costa, que avalia a criação de uma vara especializada como um sonho ainda distante.
“A Lei Maria da Penha é uma grande conquista, mas a violência é muito alarmante e precisamos avançar, desenvolver técnicas e aprimorar para que ela tenha mais eficácia”.
Delegada da Mulher da cidade de Januária, Bruna Brito avalia que é preciso trabalhar a conscientização da sociedade para vencer os entraves que ainda atrapalham a aplicação da lei.