(Flávio Tavares)
Centenas de crianças e adolescentes vivem atualmente em abrigos de Belo Horizonte. Vítimas de negligência, maus-tratos e violência, foram afastados do convívio familiar até que os pais biológicos consigam se recuperar e recebê-los de volta. Em tese, o tempo máximo de espera é de dois anos. Após esse prazo, os menores ficam "disponíveis" para a adoção.
Muitos casos de negligência sequer chegam ao conhecimento dos órgãos competentes. A cultura de que "não se deve intrometer na vida do vizinho" faz testemunhas se calarem. Comportamento que, segundo especialistas, só perpetua o problema.
Além de abrigos, um novo serviço de proteção a meninos e meninas tem ganhado espaço na cidade. O Família Acolhedora, como o programa foi chamado, seleciona pessoas dispostas a receber temporariamente crianças na própria casa.
Veja o depoimento da dona de casa Márcia Costa Santana, de 50 anos. Ela faz parte do seleto grupo de famílias acolhedoras de BH.