Vizinhança reclama do ‘barulho’ no Colégio Imaco, no bairro de Lourdes

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
29/08/2017 às 18:37.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:19
 (PEDRO GONTIJO)

(PEDRO GONTIJO)

O barulho vindo do colégio municipal Imaco, em Lourdes, na Zona Sul de BH, tem causado polêmica na vizinhança. Moradores do bairro reclamam dos ruídos de conversas, risadas e recreações que chegam aos apartamentos próximos. A instituição, que funcionava no Parque Municipal, foi transferida para o local há cinco anos.

Uma queixa foi formalizada por vizinhos junto à Secretaria Municipal de Educação (Smed). A reclamação, no entanto, provoca debate na comunidade escolar. Há moradores que não concordam com a medida e muitos pais ou responsáveis estão preocupados com o rumo da situação.

Juntos, a Secretaria de Educação e o colégio estão pensando em alternativas para reduzir o barulho

Juntas, Smed e Imaco estão pensando em alternativas para reduzir o barulho. Os estudantes foram orientados a “baixar o volume” das conversas, como conta Agatha Eduarda da Silva, de 12 anos, aluna do 7° ano. “Falamos com os professores e estamos tentando conversar mais baixo no recreio, não correr nem nos amontoarmos na porta na hora da saída”.

Discordância

No pátio, onde há quadras cobertas e descobertas, as atividades são cercadas por altos prédios do bairro. A professora de matemática Paula Cavalcante, de 20 anos, reconhece que, às vezes, o ambiente pode até ser incômodo, mas discorda da reclamação protocolada. “Em nenhuma escola há silêncio absoluto. O Imaco é uma como qualquer outra. É natural das crianças aprenderem brincando”, frisa.

O barulho pontual, porém, não incomoda a todos. Kátia Gualberto da Silveira, de 52 anos, que vive em frente ao local, diz que é raro ouvir algo pelas janelas de casa. “Sempre existiu escola aqui nesse prédio. De vez em quando a gente escuta alguma coisa, mas o ambiente da rua é super tranquilo, seguro”, afirma.

A reclamação de vizinhos do colégio municipal, no entanto, não chegou à Associação de Moradores do Bairro de Lourdes (Amalou). O presidente da Amalou Jeferson Rios afirma que os moradores reclamam, frequentemente, de uma outra escola pública da região, mas nada foi dito, até o momento, sobre o Imaco. Uma reunião acontece hoje para tratar do assunto.

‘Habituada à rotina’

A Smed informou que a escola atende cerca de 740 estudantes. Segundo a secretaria, a instituição é uma das mais tradicionais da cidade, com mais de 60 anos de existência, e “importante para o atendimento educacional na região Centro-Sul”, diz nota enviada. Conforme a pasta, a maioria das aulas acontece nos períodos da manhã e tarde. À noite, são atendidos estudantes da Educação de Jovens e Adultos, que exercem atividades de “muita restrição sonora”. Durante anos anteriores, outras unidades funcionaram no prédio. “Portanto, a comunidade local está habituada à rotina de uma escola”, acrescenta a nota. 

Ainda assim, o Imaco tem se empenhado para diminuir o barulho, com ações como a concentração de datas comemorativas, a mudança de local das aulas de percussão e a retirada dos programas da escola aberta.

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