A votação do parecer da Lei Orgânica da Polícia Civil foi adiada na tarde desta quarta-feira (4), de acordo com Adilson Bispo, diretor de mobilização do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG). Segundo o diretor, a votação não foi feita porque o deputado relator, Lafayette Andrada, afirmou que precisa de mais tempo para analisar os ajustes que foram feitos no projeto. Indignados com a demora para que a lei seja aprovada em plenário, em torno de 1.200 policiais fizeram uma manifestação na porta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em greve desde o dia 10 de junho deste ano, a categoria fechou a avenida Rodrigues Caldas durante duas horas e, como de costume, queimou caixões. Devido ao protesto, o trânsito ficou bastante complicado nessa região da capital mineira, mas já foi normalizado. "O que foi feito hoje não foi uma assembleia geral e sim uma concentração para pressionar o parecer da lei que define o plano de carreira. Uma nova assembleia só será marcada quando o projeto for sancionado e, nesta data, iremos decidir o rumo da paralisação", diz Adilson. Reivindicações Conforme o Sindpol, a Lei Orgânica é insuficiente e, por isso, a categoria exige que o projeto seja trocado pelo substitutivo feito em 2011 pelas entidades de classe. Os servidores ainda afirmam que quem fez a lei não entende o dia a dia dos policiais civis, uma vez que a mesma tira direitos, como a promoção a nível especial e única proposta de aumento de cargos para delegados. Os policiais também lutam contra o sucateamento e pedem a equiparação do salário da base a um terço do salário de delegado geral grau B, a reestruturação das carreiras administrativas, concurso público para nomeação de mais investigadores e melhores condições de trabalho.