Zema defende reformas para melhorar 'saúde financeira' do Estado

Anderson Rocha
@rochaandis
15/12/2020 às 11:42.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:18
 (Reprodução/ Facebook)

(Reprodução/ Facebook)

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu, nesta terça-feira (15), em reunião de balanço dos dois anos de gestão, a realização de reformas para a melhoria da "saúde financeira" do Estado. Ele também destacou o corte de custos na administração pública e o auxílio recebido do governo federal.

"Dependemos de reformas. Já tivemos a trabalhista há três anos, e a da previdência no Brasil e no Estado, mas não foi a reforma que deveria ter sido", afirmou Zema, ao dizer que a mudança na legislação deveria ter levado em conta o conceito de correção automática do tempo de contribuição.

Ou seja, a regra deveria ter sido pensada para atualizar-se à medida em que ocorre o aumento da expectativa de vida do cidadão. "Senão, daqui a 10 anos, precisaremos de outra reforma da previdência", declarou.

Zema ainda defendeu a reforma administrativa, cujas alterações, não especificadas pelo gestor, podem trazer mais racionalidade nas carreiras públicas. "A tributária é para simplificar a vida de quem gera empregos, gente que hoje não sabe se está pagando a mais ou a menos, se será autuado", acrescentou.

Custos da máquina em redução

O segundo dia de reuniões de balanço da gestão estadual manteve foco no planejamento financeiro do Estado. Nessa segunda, a primeira das reuniões tratou sobre a área da saúde. Na ocasião, o governador criticou a promessa de vacina, feita por alguns gestores de cidades e estados brasileiros.

Zema e os secretários de Fazenda, Gustavo de Oliveira Barbosa; de Planejamento, Otto Levy; de Governo, Igor Eto; além do Advogado-Geral do Estado de Minas Gerais, Sérgio Pessoa de Paula Castro, apresentaram dados sobre mudanças realizadas na máquina pública, como a redução do número de secretarias (de 21 para 12).

"Todos os secretarios foram escolhidos de forma meritocrática, em processo seletivo. Montar um time de primeira qualidade é o primeiro passo para quem quer vencer o campeonato. E isso muitas vezes não ocorre na área política", declarou Zema.

O gestor afirmou que parte das aeronaves do Estado, tidas como de uso exclusivo do governador, foram vendidas. As demais destinada ao Comando Aéreo do Estado, para uso compartilhado entre as secretarias e órgãos.

Outro ponto tratado pelo gestor é a parceria com o governo federal. Segundo Zema, a União tem sido "parceira" e auxiliado no que é possível. "O diálogo tem sido muito produtivo".

Sobre esse ponto, o secretário de Fazenda, Gustavo de Oliveira Barbosa, informou que a arrecadação em Minas, neste ano, teve certa estabilidade devido a aporte do governo federal.

"A previsão era de arrecadação em 57,4 bilhões. O realizado foi de 55,3 bilhões, uma perda acumulada de 3,82%. Foi possível manter esse processo porque a União aportou durante quatro meses da pandemia, a partir de maio, 3 bilhões em quatro parcelas. Isso fez com o que o Estado tivesse certa estabilidade", disse.

Zema afirmou que se encontrará com o presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (17), para inauguração de uma rodovia no Vale do Jequitinhonha.

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