(Estevan Velasquez)
O governador Romeu Zema anunciou que vai pedir ao governo federal o adiamento do fechamento do Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte, previsto para 1º de abril.
Segundo o governador, o encerramento "repentino" do aerodrómo pode afetar negativamente empresas de manutenção e escolas que operam no local. Zema espera que, com um pouco mais de tempo, as empresas possam se preparar.
O pedido foi feito à União pelo secretário de Infraestrutura, Pedro Bruno. “Ele esteve lá exatamente com essa recomendação. Não dá para mudar um aeroporto em um fim de semana”, disse o chefe do Executivo mineiro, em entrevista à Rádio Itatiaia, nesta quarta-feira (29).
O término das operações no aeroporto é um pedido constante da população que mora na região do Carlos Prates devido aos acidentes recentes.
Zema garantiu que está seguindo a situação de perto e que vai fazer o que for possível para amenizar os impactos do fechamento. “Estou preocupado e estarei fazendo de tudo para que esse prazo seja atendido. Vou solicitar isso para que Belo Horizonte não seja impactada negativamente com esse fechamento”, disse.
Histórico de acidentes
No último dia 11, um avião caiu em cima de uma casa no bairro. Na aeronave estavam o piloto José Luiz de Oliveira Filho, de 66 anos, e sua filha, Jéssica Oliveira, de 29 anos. Ambos foram resgatados inconscientes e com politraumatismo pelos bombeiros e levados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Pronto Socorro João XXIII. O piloto do avião não resistiu aos ferimentos e morreu instantes depois de dar entrada na unidade de saúde.
Em 2019, três pessoas morreram e outras três ficaram gravemente feridas após a queda de um avião no cruzamento entre as ruas Minerva com Rosinha Sigaud, próximo ao Aeroporto Carlos Prates. Os destroços ficaram espalhados na rua e uma densa fumaça escura tomou conta da região. Um dos tripulantes morreu carbonizado. Dos outros mortos, uma pessoa estava em um dos automóveis que foi atingido pelos destroços e um era pedestre que passava na rua no momento da queda.