Zoológicos mineiros estão em situação crítica
MONTES CLAROS – A situação na maioria dos 14 zoológicos mineiros é crítica. Apenas três cumprem todas as normas estabelecidas pelo Sistema de Operação da Fauna (Sisfauna) para o manejo correto dos animais. O de Belo Horizonte é o único classificado como A, nota que o torna modelo a ser seguido pelos demais, quando o assunto é o tratamento que se dá aos bichos.
O zoológico de Ipatinga, no Vale do Aço, que pertence ao Centro de Biodiversidade da Usiminas (Cebus), e o de Répteis NR, de Sapucaí Mirim, no Sul de Minas, são outros que estão com a situação regularizada.
Para funcionar, os zoológicos precisam de Autorização de Uso e Manejo da Fauna, de acordo com as necessidades e habitat das espécies. Analista ambiental da divisão técnica do Ibama em Belo Horizonte, Beatriz Boschi é responsável pelo licenciamento de zoológicos em Minas e explica que a classificação se refere à situação em que se encontra o local.
Alguns zoológicos precisaram assinar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público e o Ibama para continuar funcionando. Os de Varginha e Alfenas, no Sul de Minas, e de Uberaba, no Triângulo Mineiro, estão em processo de adequação ao TAC, mas os problemas que apresentam, diz Boschi, não podem ser divulgados, porque o processo é sigiloso.
Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, informa a analista do Ibama, existe um “acordo de cavalheiros” para assinar o TAC, com prazo para a administração municipal se adequar às normas de Uso e Manejo da Fauna. Em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Parque Ecológico do Vale Verde também está em processo de transformação em zoológico.
Na região Central, até 2002 eram 25 criatórios de animais de espécies diversas. Desse total, 11 foram fechados ou entregaram os bichos para que o Ibama desse a destinação correta a eles.
Em 2011, foram fechados os dois últimos zoológicos mineiros por descumprimento do TAC: em Sete Lagoas, região Central, e Pouso Alegre, no Sul de Minas.