(Tânia Rêgo/ Arquivo/ Agência Brasil)
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) divulgou nesta sexta-feira (7) nota lamentando as mortes ocorridas em operação policial na comunidade do Jacarezinho, na zona norte da capital fluminense, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira. A operação terminou com 25 mortos, entre eles um policial civil, e foi a mais letal na história do estado.
“É urgente a necessidade de combate ao crime organizado, ao tráfico de drogas e às demais atividades marginais que ocorrem na cidade. Entendemos, também, que essas devem ocorrer de forma a proteger a vida de todos, especialmente dos moradores que, também, são vítimas e reféns de atividades criminosas”, diz a nota.
Tânia Rêgo/ Arquivo/ Agência Brasil / N/A
A Polícia Civil negou que tenha havido casos de execuções entre os 24 suspeitos mortos no Complexo do Jacarezinho
O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, com sede em Genebra, na Suíça, pediu nesta sexta-feira ao Ministério Público que realize uma investigação independente, completa e imparcial, de acordo com as normas internacionais da operação na comunidade.
Garantia e proteção de testemunhas
“Isto implica que as autoridades devem garantir a segurança e a proteção das testemunhas e protegê-las contra intimidações e retaliações”, disse Rupert Colvill, porta-voz do Escritório da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.
A Polícia Civil negou que tenha havido casos de execuções entre os 24 suspeitos mortos no Complexo do Jacarezinho. Segundo delegados que participaram diretamente da operação, os suspeitos morreram em decorrência do confronto com os policiais.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o objetivo era combater grupos armados de traficantes de drogas que estariam aliciando crianças para o crime. Além disso, segundo as investigações, eles estavam envolvidos em outros crimes, incluindo sequestros de trens que passam pela comunidade.