Os riscos de o Brasil deixar de exportar carne para a Rússia foram minimizados depois que a missão brasileira apresentou os procedimentos sanitários já adotados pelo país e assumiu uma série de exigências do governo russo.
Assim como é feito para a União Européia e os Estados Unidos, o ministério da Agricultura brasileiro terá a responsabilidade de habilitar ou desabilitar os frigoríficos que exportam para a Rússia.
Até então, o credenciamento era feito pelo Serviço Federal de Supervisão Sanitária e Fitossanitária da Rússia. A mudança foi resultado da missão oficial do ministério a Moscou, nos últimos dias 8 e 9. As medidas exigidas pela Rússia para a manutenção do fornecimento de carne brasileira devem vigorar a partir de 1º de julho.
A carne enviada para a Rússia deverá vir de animais abatidos nos Estados que possuem autorização para exportar.
Com a medida, a idéia é impedir que exemplares provenientes de áreas embargadas pelo governo russo sejam embarcadas pelos Estados que possuem autorização. Segundo o Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, atualmente estão liberadas as exportações de carne bovina e suína do Rio Grande do Sul, de São Paulo, de Mato Grosso, de Tocantins e de Goiás.
Apesar dos cinco estados estarem autorizados a exportar, não são muitos os frigoríficos que realizam os embarques, pois usam os portos de Santa Catarina e do Paraná para fazerem suas exportações, o que também está proibido.
– Essas medidas aumentam a responsabilidade do governo brasileiro e também dos empresários, já que os padrões sanitários das exportações passam a ser muito maiores – disse o secretário.
Os 11 frigoríficos que foram proibidos de exportar para a Rússia, incluindo dois gaúchos, terão a chance de voltar a realizar negócios caso cumpram as novas exigências.(com informações B.A)