O Tribunal de Justiça de Minas julga, na próxima terça-feira, dois recursos envolvendo o caso do ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB). Em um deles, o Ministério Público pede o aumento da pena para o ex-governador, condenado a 20 anos e dez meses de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, no processo conhecido como ‘mensalão mineiro’. O MP informou que defenderá a majoração em sustentação oral que será feita pelo procurador Antônio de Padova Júnior.
O outro recurso é da defesa de Azeredo, que pede a absolvição. Caso mantenha ou aumente a condenação, Azeredo pode ser preso.
Em baixa
O discurso do presidente Michel Temer (PMDB), de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o persegue, não colou entre os eleitores. Pesquisa feita pelo Instituto Paraná revela que 74,3% dos entrevistados acreditam que não há perseguição. Para 22,7% Temer tem razão ao questionar o procurador-geral. O restante não opinou.
A pesquisa foi feita com 2.540 brasileiros entre os dias 12 e 15 deste mês. Ao analisar o perfil dos entrevistados, é possível perceber que o presidente é menos desacreditado entre os eleitores com ensino superior e maiores de 60 anos.
Os números deixam claro a impopularidade do peemedebista. Temer será o primeiro presidente - desde as eleições diretas - a concluir o mandato sem nenhuma perspectiva de reeleição. Em tempo: nos bastidores aumentaram as chances dele terminar 2018 como presidente da República.
Beato deixa Segurança
O secretário de Segurança Urbana e Patrimonial da Prefeitura de Belo Horizonte, Cláudio Beato, foi exonerado ontem do cargo. A prefeitura informou que Beato irá deixar a administração para lecionar no Estados Unidos. Ele dará aulas na Universidade de Columbia sobre ‘Justiça Criminal e Polícia na América Latina e no Brasil’. Beato ficará por lá durante um ano. Assume a pasta o corregedor da Guarda Municipal, Genilson Zeferino. O prefeito Alexandre Kalil (PHS) deixou canal aberto com Beato para palpites e opiniões na área.
Contas eleitorais
No próximo ano, os candidatos às eleições serão fiscalizados também pelos tribunais de contas. Vários deles firmaram convênio com o Tribunal Superior Eleitoral para auxiliar na análise das prestações. Em Minas, o TCE aderiu à medida. A justificativa é a falta de pessoal no TSE. Sem concurso e sem contratações, a crise chegou por lá também.
Vinhos em alta
Os vinhos brasileiros estão ganhando mercado lá fora. O primeiro semestre de 2017 registrou desempenho positivo de 37% em volume e 24% em valor nas vendas de vinhos e espumantes para o mercado externo em comparação com o mesmo período do ano anterior. No total, foram exportados 1,14 milhão de litros, contabilizando US$ 2,74 milhões. Os principais destinos foram: Paraguai, Estados Unidos, Japão, China e Reino Unido. O ingresso de dez novas vinícolas no projeto Wines of Brasil entre abril e agosto desse ano, ampliando o grupo para 40 empresas, deve ajudar a fortalecer o desempenho das exportações do setor.