(Gustavo Lima)
Na próxima terça-feira (22), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) vai julgar dois recursos de apelação contra a decisão que condenou Eduardo Azeredo - ex-governador de Minas e ex-senador -, a 20 anos e 10 meses de prisão.
Azeredo é acusado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, no processo conhecido como mensalão mineiro.
Um dos dois recursos que serão julgados é do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que pede o aumento da pena. As provas do MPMG confirmam que o ex-governador foi o principal beneficiário de um esquema de desvio de recursos do governo mineiro, operado pelo empresário Marcos Valério, para financiar sua campanha à reeleição, em 1998.
Conforme a denúncia, Azeredo determinou que a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) repassassem valores superfaturados em supostas cotas de patrocínio de eventos esportivos.
Segundo o MP, foram desviados R$ 1,5 milhão de cada uma das empresas, em recursos públicos, para arcar, supostamente, com custos do Enduro Internacional da Independência.
Os recursos públicos desviados da Copasa, da Comig e do Grupo Bemge teriam sido direcionados às empresas do publicitário Marcos Valério e de seus sócios e usados para quitar empréstimos bancários fictícios tomados por elas.