Ministro da Justiça faz avaliação positiva da segurança na Olimpíada

Estadão Conteúdo
11/08/2016 às 19:45.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:19
 (JF Diório/ Estadão)

(JF Diório/ Estadão)

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, avaliou como "absolutamente positiva" a segurança da primeira semana da Olimpíada do Rio de Janeiro. Ele disse que o ataque de traficantes a uma equipe da Força Nacional de Segurança no Complexo da Maré, na zona norte, na tarde de quarta-feira, não altera o esquema previamente montado.

"(O ataque na Maré) Não muda absolutamente nada. Não mancha os Jogos. Continua o mesmo esquema, até porque a Força Nacional não faz a segurança nas ruas. Continua fazendo a segurança de entrada e saída das dependências olímpicas, a segurança interna, e o Exército e a PM fazendo a externa, da mesma forma. Foi um incidente lamentável e covarde", disse Moraes.

Apesar dos episódios de violência da primeira semana de Jogos Olímpicos, ele concluiu que o resultado dessa primeira semana foi satisfatório. No sábado, uma bala perdida acertou a sala de imprensa do Centro de Hipismo, em Deodoro. Na terça-feira, um ônibus que transportava jornalistas entre arenas da Olimpíada teve janelas quebradas por pedras. Houve também assaltos a torcedores. O único caso grave foi o da Maré. O soldado Hélio Andrade, de 35 anos, baleado na testa, está internado em estado grave.

O último caso de repercussão foi nesta tarde: turistas alemães e espanhóis foram assaltados em momentos diferentes na Estrada das Paineiras, em Santa Teresa, área turística da zona sul da cidade. O Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur) informou que vai aprimorar o policiamento na região, e que busca pelos suspeitos.

Duzentos agentes de segurança, entre integrantes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (unidade de operações especiais e Contra-Terrorismo), do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio e da força de elite da Força Nacional de Segurança ocuparam o Complexo da Maré de madrugada.

Eles buscam os dois autores dos tiros já identificados e os três homens apontados como chefes do tráfico: Thiago da Silva Folly, o TH, Alexandre Ramos do Nascimento, o Pescador, e Paulo Sergio Medeiros da Cunha, o Paulinho PL. O Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 2 mil por informações que levem à prisão deles. Foram utilizados blindados e helicópteros.

Os acessos à Vila do João, onde foi o crime, e também à Vila dos Pinheiros, foram bloqueados. A ação teve apoio de militares do Exército, que se posicionaram na Favela do Timbau. Mas o Comando Militar do Leste ratificou: os militares não vão atuar em comunidades. Num patrulhamento feito pelos militares na Linha Amarela, três suspeitos foram presos.

"Foi uma operação para mostrar que nós não vamos admitir insegurança. Logicamente estamos longe da criminalidade zero. Mas em havendo, a reação será rápida", afirmou o ministro da Justiça, ressaltando que o ataque na Maré não se relaciona com a Olimpíada, e sim com o embate contra o tráfico de drogas no Rio.

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