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Ministros das Relações Exteriores árabes exigiram neste domingo (9) que os Estados Unidos revertam a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. Para eles, a decisão é "grave" e gera o entendimento de que Washington violou o direito internacional.
Os ministros também pediram ao Conselho de Segurança da ONU que condenasse a decisão de Trump. Se os Estados Unidos vetarem essa resolução, os árabes buscarão uma solução semelhante na Assembleia Geral da ONU, disse o ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad Al-Maliki, em uma coletiva de imprensa no Cairo.
A resolução de duas páginas, formulada durante a reunião de emergência que começou no sábado, não incluiu ações punitivas contra os Estados Unidos, como pedir um boicote a produtos americanos ou suspender laços com Washington.
"Tomamos uma decisão política que não pretende refletir (o que está acontecendo nas ruas). O trabalho político é um trabalho responsável", disse o chefe da Liga Árabe, Ahmed Aboul-Gheit.
Os ministros devem se encontrar novamente dentro de um mês e mantiveram a possibilidade de uma cúpula árabe de emergência ser realizada na Jordânia, para discutir sobre Jerusalém.
Israel
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, diz que está pronto para defender o presidente Donald Trump no reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel contra os críticos europeus.
Ao sair em uma missão diplomática para Paris e Bruxelas nesta sábado, Netanyahu disse que "apresentará a verdade de Israel sem medo e com cabeça erguida."
O anúncio de Trump provocou protestos na região. Também desencadeou denúncias de todo o mundo, mesmo de aliados próximos, como a França, que sugeriu que ele havia causado inutilmente mais conflitos numa região já instável.
O consenso internacional já há muito tempo é de que o status de Jerusalém deve ser determinado por meio de negociações. Israel reivindica toda a cidade como sua capital unificada, enquanto os palestinos querem o leste de Jerusalém, capturado por Israel em 1967, para ser a capital do seu futuro estado.