Montes Claros terá porto seco

Carolina Marinho


Repórter

Promover a aproximação entre empresários de várias partes do Brasil, gerar a integração de fornecedores, fabricantes e distribuidores em prol do desenvolvimento do Estado é o objetivo do Minas Negócios que acontecerá em setembro, na capital mineira.

O evento multissetorial, Minas em Negócios, realiza sua 5ª edição na região metropolitana de Belo Horizonte no período de 16 a 18 de setembro, no aeroporto de Confins.

Minas Negócios é uma oportunidade a mais de fomentar novas iniciativas comerciais, apresentando aos investidores as vantagens de se trabalhar com os cinco portos secos mineiros (Montes Claros, Varginha, Betim, Uberaba e Uberlândia). O evento contará com a participação de 100 expositores, demonstrando diferenciais competitivos, produtos e serviços para o mercado internacional.

PORTO SECO

As indústrias de grande porte instaladas no Norte de Minas, assim como os produtores de frutas do Projeto Jaíba, poderão contar com mais facilidades para exportar seus produtos. A secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sede), em parceria com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), realizou estudo para a implantação de um porto seco em Montes Claros. De acordo com o governo do estado, a meta é instalar o porto seco ainda neste ano, com a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Teófilo Otoni. A concretização do projeto depende apenas da aprovação pelo senado de projeto de lei que cria um novo regime aduaneiro especial no país, o Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (Cliar).

Além de atrair empresas de serviços avançados em logística e comércio exterior e gerar empregos qualificados, o governo estadual pretende elevar a movimentação do comércio exterior em regiões menos favorecidas.

O estudo revelou que a região tem potencial para movimentar 95 mil contêineres este ano e 112 mil em 2009, pois, além da produção de frutas em larga escala do Projeto Jaíba, o Norte do Estado conta com indústrias de grande porte, como a Coteminas (têxtil), a Novo Nordisk (fabricante de insulina) e a Vallée (produtos veterinários), que já vendem para o exterior.

O diretor da Central Exporta Minas, Jorge Oliveira, disse que, até então, o Norte de Minas, ao lado dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, responde por apenas 5% das exportações mineiras. “O porto seco contribui para a redução do custo e do tempo da exportação. O empresário ganha mais agilidade e o desembaraço das questões alfandegárias”, afirma Oliveira.

De acordo com a assessoria de imprensa do Minas Negócios, o porto seco que está em fase de homologação aumentará as importações e exportações de Montes Claros e região. Será o primeiro porto seco inaugurado no Norte de Minas, o que trará desenvolvimento à região.

O Norte de Minas tem um potencial em agroindústria, tecnologia, remédios e, principalmente, variedades de frutas que são produzidas no Norte do Estado. Minas Gerais é um estado muito grande, que produz desde minério à pecuária. O comércio exterior é o ponto de partida para o escoamento deste produto que, diga-se de passagem, vai para várias partes do Brasil e do mundo. Além disso, o Estado tem um clima propício, o que também contribui para a expansão da agricultura e, conseqüentemente, do comércio exterior.