(Reprodução/ Facebook)
Integrantes das ocupações da região da Izidora fazem passeata nesta quarta-feira (28) até o centro de Belo Horizonte para acompanhar o julgamento de reintegração de posse da área por eles hoje ocupada, o que pode deixar mais de 8 mil famílias das vilas desabrigadas.
O julgamento do mandado de segurança que garante a permanência das famílias na região da Izidora, formada por três vilas (Esperança, Rosa Leão e Vitória), será realizado por 22 desembargadores no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), nesta quarta-feira, por volta de 13h. Os magistrados vão decidir se aceitam o pedido que afirma que há despreparo da Polícia Militar de Minas Gerais e do Governo do Estado para realizar a desocupação sem causar danos e também pedir que a reintegração só aconteça mediante apresentação de alternativas de moradia digna pelo Estado. No entanto, se o pedido for indeferido, o despejo poderá ser feito a qualquer momento.
Diante disso, os manifestantes pedem a intervenção do Estado para que o processo seja suspenso até uma solução pacífica para o caso. O presidente da Companhia de Habitação do Estado (Cohab), Alessandro Marques, garantiu que haverá diálogo sobre os processos de reintegração e despejo das famílias, e que a próxima reunião será no dia 4 de outubro, independentemente da decisão do TJMG.
“O Estado não quer o confronto. Vou me reunir com o advogado-geral do Estado, ainda hoje, para que seja reportada a gravidade do problema ao relator do processo relativo à Isidora”, disse Alessandro.
Os moradores já estão na Afonso Pena, onde fica o Palácio da Justiça de Belo Horizonte. Neste momento, eles pararam no cruzamento da avenida Álvares Cobral com a rua Guajajaras. Devido à manifestação, a avenida Afonso Pena está retida no sentido rodoviária e o trânsito é muito lento no local.
* Colaborou Bárbara Rodrigues