“É com perplexidade que recebemos a notícia. É revoltante saber que desembargadores do TRF-6 reconheceram, deram efetividade ao habeas corpus apresentado pelo ex-presidente da Vale, que, sim, era conhecedor de que a barragem era instável”, disse a presidente da Avabrum, Andresa Aparecida Rocha Rodrigues (Flávio Tavares/ arquivo Hoje em Dia)
Cerca de 70 moradores das comunidades Parque da Cachoeira e Córrego do Feijão protestam na tarde desta quarta-feira (20), em frente ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), no bairro Luxemburgo, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Eles querem providências da Vale em relação às vítimas do rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho, na Região Metropolitana de BH.
No local é realizada a terceira rodada de negociação entre a mineradora e os Ministério Público Estadual e Federal, além da Defensoria Pública de Minas Gerais para a realização de um acordo preliminar, que prevê o ressarcimento integral dos danos socioeconômicos e ambientais aos atingidos.
Segundo a Polícia Militar, a manifestação é pacífica e não atrapalha o trânsito da região.
O Termo de Ajuste Preliminar (TAP), proposto pela Advocacia-Geral do Estado (AGE), faz parte do processo que resultou no bloqueio de R$ 1 bilhão nas contas da Vale e a empresa se comprometeu a repassar imediatamente ao governo do Estado R$ 13 milhões para compensar os gastos que o Estado alega ter tido nos primeiros dias de operações de buscas por vítimas da tragédia.
A barragem Córrego do Feijão se rompeu em 25 de dezembro e destruindo a área administrativa e o refeitório da mineradora, além de casas, estradas e pontes. O Rio Paraopeba, um dos afluentes do rio São Francisco também foi contaminado pela lama.
Segundo boletim da Defesa Civil, 171 mortes já foram confirmadas e 105 pessoas continuam desaparecidas.