(Reprodução/ Facebook)
Morreu, na tarde dessa quarta-feira (3), a jovem de 21 anos que foi baleada na cabeça durante o ataque a Uberaba, no Triângulo Mineiro, na última quinta-feira (27). Taís Teixeira de Oliveira passou por cirurgia no mesmo dia do crime, ficou internada em estado gravíssimo, mas não resistiu. Os órgãos da jovem serão doados.
A morte encefálica de Taís foi constatada pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) às 15h36 dessa quarta, mas o corpo continua no necrotério da unidade na manhã desta quinta-feira (4). O motivo é nobre: em vida, Taís deixou registrado o desejo de doar córnea, rins, fígado e pâncreas.
Por essa razão, ainda não há previsão de liberação do corpo para velório e enterro. Segundo o HC-UFTM, os órgãos de Taís passaram por exames médicos e foram liberados para doação. A expectativa é de que a captação e distribuição sejam feitas ainda nesta quinta.
Histórico
Taís foi levada para o Hospital de Clínicas na madrugada da última quinta-feira (27), após ser atingida por dois tiros na cabeça durante o roubo a bancos em Uberaba. A jovem foi operadora no mesmo dia e posteriormente internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição, local em que ficou em observação e recebeu medicação até essa quarta.
Madrugada de terror
Eram 3h45 da manhã do dia 27 de junho quando a quadrilha, composta por cerca de 20 homens, chegou ao município de quase 300 mil habitantes. O grupo, fortemente armado, seguiu para o Centro, onde invadiu e explodiu uma agência do Banco do Brasil na principal avenida da cidade. Em seguida, roubaram uma quantia em dinheiro, cujo valor não foi divulgado, e fugiram.
No entanto, a quadrilha já estava na mira da Polícia Militar. Houve troca de tiros na área central e moradores registraram o terror em vídeos publicados nas redes sociais. Durante o tiroteio, três pessoas foram baleadas: dois homens, que levaram tiros nos pés, e Taís foi atingida na cabeça.
Para fugirem, os criminosos renderam pessoas e as utilizaram como barreira humana. Na fuga pela zona rural, foram cercados pela polícia. A negociação policial durou cerca de duas horas e terminou com dez suspeitos presos e sete reféns libertados, incluindo crianças.
Além das prisões, foram apreendidos fuzis, pistolas, vasta munição e diversos coletes à prova de balas.