Mortes em rodovias federais caíram 15% neste ano, registra PRF

Agência Brasil
31/10/2018 às 17:31.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:32
 (Arquivo / Agência Brasil)

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As mortes em acidentes em rodovias federais caíram 15% neste ano na comparação com 2017. O balanço, que levou em consideração dados de janeiro a setembro, foi divulgado pela Polícia Rodoviária Federal nesta quarta-feira (31), em Brasília. As ocorrências com falecimentos tiveram redução de mais de 4,5 mil para 3,9 mil entre o ano passado e este.

Já o número de feridos foi 10% menor no mesmo período, totalizando 56,2 mil até setembro. Os acidentes graves diminuíram 7%, somando 12,9 mil. A maior queda em termos percentuais foi nos acidentes normais, cujo número foi 22% abaixo do que no período de janeiro a setembro de 2017 e ficou em 51,9 mil.

Em relação à meta de redução em 50% do número de mortes no trânsito entre 2011 e 2020, definida em resolução da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), até este ano a queda projetada havia chegado a 35,6%. Para atingir o objetivo, ainda faltariam 15% em dois anos, o que demandaria um ritmo de diminuição mais intenso do que nos anos anteriores.

Motivos

Entre os principais motivos para os acidentes, segundo o levantamento da PRF, estiveram a falta de atenção à condução (22%), a desobediência às normas de trânsito (13%), velocidade acima do permitido (12%), falta de atenção do pedestre (11%) e consumo de álcool (5%).

O diretor da PRF, Renato Dias, chamou a atenção para o fato de a desatenção ter um novo fator: o uso do Whatsapp. Segundo ele, há uma diferença importante do aplicativo em relação aos telefones celulares na atitude dos condutores. “A desatenção se agravou muito com Whatsapp. Antes o motorista usava o celular mas não tirava o olhar do volante. Com o mensageiro, ele tira o olhar”, comparou.

Fiscalização e crimes

Nas ações de fiscalização, 7 milhões de veículos e 7 milhões de pessoas foram averiguados. No combate ao consumo de álcool durante a direção, 1,2 milhão de testes do bafômetro foram realizados. Em razão de irregularidades encontradas, 25,2 mil pessoas foram detidas.

Em relação aos crimes, o balanço da Polícia Rodoviária registrou a apreensão de 230 toneladas de maconha, 14 toneladas de cocaína, 87 milhões de maços de cigarro, 5 mil veículos, 1,2 mil armas e 142,8 mil munições.

Mais funcionários

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou que para melhorar a fiscalização e atingir as metas estabelecidas há a necessidade de contratação de mais policiais rodoviários. Ele informou que o concurso anunciado no primeiro semestre, com 500 vagas, está em fase de realização e as provas devem ocorrer no início do ano. “É preciso ampliar os recursos para a PRF e seu efetivo, pois ele permanece restrito para a dimensão da tarefa. Nós temos a quarta maior malha rodoviária do mundo”, defendeu Jungmann.

Segundo ele, seriam necessários ainda mais 2 mil a 2,5 mil novos agentes para dar recompor o efetivo da Polícia Rodoviária Federal. Hoje o quadro da corporação conta com 9,9 mil funcionários.

Novo ministério

Jungmann comentou a possibilidade de reincorporação do Ministério da Segurança Pública ao Ministério da Justiça, que está em debate na equipe de transição do governo. Segundo o titular, a pasta foi criada por lei e gerou um legado para estruturar o setor, bem como o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).

“Estamos deixando legado único. Temos ministério por lei, Sistema Único de Segurança Pública, uma Política Nacional de Segurança Pública e temos recursos carimbados e crescentes. Você tem tudo aqui para dar um rumo à segurança pública. Se o ministério se funde é algo que cabe ao governo eleito”, comentou.

Sobre o convite para o juiz Sérgio Moro para ser titular do MJ na gestão de Jair Bolsonaro, Jungmann afirmou que é um nome com “qualidade”, “capacidade” e “respeito dos brasileiros”.

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