(Pedro Gontijo/Imprensa MG)
Em apenas 30 dias, Minas Gerais registrou o dobro de mortes por Covid-19 do que o total de março a julho. Até o dia 12 do último mês, eram 1.576 óbitos confirmados. Mas, dessa data até ontem, foram mais 2.207, chegando a 3.783 vidas perdidas em decorrência da doença.
O mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), nesta quarta-feira, traz mais outro recorde: em um dia, foram contabilizadas170 novas vítimas do novo coronavírus. O balanço, porém, não significa que elas morreram em um intervalo de 24 horas.
Inclusive, para evitar essa interpretação, a pasta anunciou que passará a divulgar as datas em que os óbitos efetivamente ocorreram. De acordo com o governo, um caso só é incluído no balanço após a checagem e a confirmação da notificação. “Não necessariamente aconteceu na véspera, como pode parecer”, explicou o titular da SES, Carlos Eduardo Amaral.
Das 170 mortes a mais que constam no boletim divulgado ontem, por exemplo, 24 ocorreram no último domingo e 20 no sábado. Entre essa terça e quarta-feira, porém, foi um caso registrado no Estado.
Casos confirmados
Até o momento, 160.485 mineiros foram infectados pelo novo coronavírus. Em relação a 12 de julho, quando eram 75.851, o número é 111% maior.
Belo Horizonte continua em primeiro no ranking de casos confirmados. Na capital, 25.718 moradores testaram positivo para Covid-19. Pelo menos 722 pessoas vieram a óbito. Em seguida aparece Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 14.638 notificações e 275 mortes.
No Estado, 27.745 pacientes são acompanhados por equipes médicas. Desde o início da pandemia, 17.319 vítimas precisaram de internação hospitalar. Quase 129 mil infectados já se recuperaram da enfermidade.
O levantamento da SES revela que 76% das pessoas que morreram em Minas tinham outras doenças que podem ter agravado a situação da Covid-19. Cardiopatia e diabetes são as principais comorbidades entre quem perdeu a batalha para o vírus.
(*) Com Anderson Rocha e Renata Evangelista