Mortes por febre amarela triplicam e contágio por vacina é descartado

Da Redação
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19/01/2017 às 16:52.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:28

O número de mortes por febre amarela em Minas Gerais quase que triplicou nas últimas 24 horas. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que os óbitos pela doença saltaram de oito para 23. O último levantamento, divulgado na tarde desta quinta-feira (19), confirmou 34 doentes no Estado, sendo 11 sobreviventes. 

O órgão descartou contágio pela vacina e garantiu que nenhum dos mortos havia sido imunizado contra a febre amarela. Além disso, a SES tentou tranquilizar a população ao reafirmar que há no Estado um "surto localizado", mas sem registro da doença na área urbana. "Hoje temos um ciclo silvestre (...), não tem o vetor urbano", enfatizou o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde, Rodrigo Said.

De acordo com o balanço, até o momento apenas homens morreram pela doença em Minas, sendo que 95% deles eram aposentados ou lavradores e moravam nas zonas rurais dos municípios das áreas de risco, que correspondem às regionais de saúde de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni, totalizando 152 cidades do Leste de Minas. O primeiro registro da doença no Estado foi notificado no dia 12 de dezembro do ano passado. 

O levantamento traz ainda que há rumores de mortes de macacos provavelmente por febre amarela nas  44 das cidades afetadas pelo surto. Em 13 deles, as equipes de saúde recolheram amostras e constaram que os primatas estava contaminados. 

Investigação

Os registros da doença nos municípios mineiros podem ser ainda maiores do que os apresentados nesta quinta, já que 172 casos suspeitos foram notificados e 30 óbitos estão sendo investigados e aguardam resultados de exames laboratoriais.

Em coletiva, representantes do governo mineiro garantiram que estão empenhados para conter o avanço da doença. O Estado informou que aguarda posição do Governo Federal sobre o pedido de ajuda da Força Nacional para ajudar no combate a febre amarela. Além disso, a SES encaminhou ao Ministério da Saúde apoio financeiro para contratação de mais leitos, a contratação de mais médicos e novos equipamentos para os hospitais de referência.

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Imunização

A vacina é a única forma de prevenir a doença e, segundo a SES, o Estado há doses suficientes para imunizar a população, em especial das áreas atingidas pelo surto. Até o momento, o Ministério da Saúde já repassou mais de 1.600 milhão de doses e uma remessa de outras 450 mil são aguardadas para os próximos dias.

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