Mortos em operação da PM em favela do Rio de Janeiro chegam a 2

Marcelo Gomes
09/07/2013 às 17:09.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:54

Subiu para dois o número de mortos na operação que a Polícia Militar (PM) realiza desde esta segunda-feira (8), na Favela do Rola, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Nesta terça-feira (9), um suspeito de ligação com o tráfico ainda não identificado morreu num suposto confronto com os policiais. Ele foi levado ao Hospital Municipal D. Pedro II, em Santa Cruz, mas não resistiu. Com a vítima, a polícia diz ter apreendido um fuzil calibre 7.62. A outra morte aconteceu nesta segunda-feira. Com o suspeito, teria sido apreendida uma pistola calibre 40.

Participam da incursão agentes dos Batalhões de Operações Especiais (Bope), de Choque, de Ações com Cães (BAC) e 27.º (Santa Cruz). Nesta terça-feira, dois foragidos do sistema penitenciário foram capturados, elevando para três o número de presos desde o início da operação. Além das armas, foram apreendidos uma granada, 6.919 cápsulas de cocaína, 236 papelotes de maconha e 14 tabletes do cânhamo.

Um carro roubado foi recuperado. Os registros de ocorrência foram feitos na 36.ª Delegacia de Polícia (Santa Cruz). A prefeitura da capital fluminense anunciou que, por causa dos confrontos, nove escolas da região suspenderam as aulas nesta terça, prejudicando cerca de 5,4 mil alunos. Outras quatro registram baixa frequência.

Protesto

Em protesto contra a morte do primeiro suspeito na manhã desta segunda, moradores da Favela do Rola incendiaram um táxi. Também depredaram um ônibus e a Estação Cesarão 1 do corredor de trânsito rápido de ônibus (BRT, na sigla em inglês) TransOeste, que liga Santa Cruz à Barra da Tijuca. Foram fechadas na segunda-feira oito estações do BRT por motivo de segurança. Na terça-feira, apenas a Estação Cesarão 1 permanece sem funcionar.

A operação na Favela do Rola é realizada com o objetivo de capturar o traficante Luciano Martiniano da Silva, mais conhecido como "Pezão", considerado pela polícia o último chefe do comércio de entorpecentes do Complexo do Alemão ainda em liberdade. O conjunto de favelas da zona norte foi ocupado pelas forças de segurança em novembro de 2010 e ganhou quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em meados de 2012.
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