Homem de 32 anos também irá responder por embriaguez ao volante e falta de habilitação
(Reprodução/ Redes Sociais)
O motorista que bateu um Porsche em uma árvore no bairro Estoril, região Oeste de Belo Horizonte, em dezembro do ano passado, no acidente que provocou a morte de uma pessoa foi indiciado por homicídio doloso - quando há intenção de matar. O inquérito da Polícia Civil foi divulgado nesta quarta-feira (24).
Segundo as investigações, o homem de 32 anos dirigia a 250 km/h na avenida Barão Homem de Melo, onde o limite de velocidade é de 60 km/h. O carro de luxo colidiu com um poste e o passageiro morreu na hora após ser arremessado para fora com o impacto da batida.
O motorista estava sem a carteira de habilitação desde 2012 e tinha sido flagrado dirigindo sem CNH outras quatro vezes.
"Em todo tempo que trabalho nessa divisão, nunca vi alguém com a audácia de dirigir a 200 km/h. Um cidadão jovem e com posses que acha que pode fazer tudo, que não vai ser punido e que está acima da lei. Estamos aqui pra demonstrar o contrário", afirmou Rodrigo Fagundes, delegado da Divisão Especial de Prevenção e Investigação a Crime de Trânsito.
O homem teria passado quatro horas em uma casa noturna no Estoril. Durante as investigações, a Polícia Civil teve acesso a comanda dele no estabelecimento e foi constatado a compra de bebida alcoólica. Em outras imagens, o motorista é flagrado com uma garrafa de whisky ao entrar no carro.
Após o acidente, o motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro e foi preso em flagrante e depois foi indiciado por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. Agora, ele irá responder por homicídio doloso, além de ser julgado por embriaguez ao volante e falta de habilitação.
Na época, a defesa do réu entrou com recurso de habeas corpus pedindo para que o empresário cumprisse penas alternativas. O pedido foi acatado pela Justiça em 29 de dezembro de 2023 e o homem cumpre medida cautelar com tornozeleira eletrônica desde então.
De acordo com a Polícia Civil, o homem pode ser condenado a até 24 anos de cadeia. Um novo pedido de prisão será feito à Justiça.
*Estagiário sob supervisão de Renato Fonseca
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