Motoristas de aplicativo fazem churrasco em BH em dia de paralisação da categoria
(Valéria Marques / Hoje em Dia)
Um grupo de motoristas de aplicativos organizaram um “Dia de Lazer dos Motoristas” na Praça do Papa, no bairro Mangabeiras, região Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (15), como forma de reivindicar melhores condições de trabalho e repasses mais altos nas tarifas das corridas.
(Valéria Marques / Hoje em Dia)
Cristiano é motorista em alguns aplicativos e protesta contra a falta de suporte aos trabalhadores.
“Para a gente manter esse custo é muito inviável. Arcamos com combustível, manutenção, seguro, tudo somos nós quem pagamos. Então, a manifestação é para ver se os aplicativos dão uma luz para gente em aumentar esse preços. Do jeito que está não dá”.
Cristiano também questiona as longas jornadas de trabalho que eles precisam cumprir, por conta do repasse feito pela empresa.
“No começo, a gente rodava por umas 6hrs e já batia a meta. Hoje a gente precisa trabalhar por 16h, 18h para cumprir a mesma meta que batíamos antes. Não tem como mais suportar esses preços”.
Nesta segunda, motoristas de aplicativos como Uber e 99 entraram em greve em todo o Brasil. A paralisação, estimada para durar 24 horas, é de iniciativa da Federação dos Motoristas Por Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp). As entidades calculam que 70% dos profissionais da categoria em todo o país devem aderir à greve.
O presidente da Amasp, Eduardo Lima de Souza, disse que a paralisação é porque o motorista de aplicativo está recebendo o mesmo desde 2016.
O que dizem as empresas
Em nota, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), disse que “respeita o direito de manifestação e informa que as empresas associadas mantêm abertos seus canais de comunicação com os motoristas parceiros, reafirmando a disposição para o diálogo contínuo, de forma a aprimorar a experiência de todos nas plataformas”.