(Lucas Borges/Hoje em Dia)
O vice-presidente da República eleito, o general Hamilton Mourão (PRTB), condicionou o apoio do governo federal a Minas Gerais aos ajustes nas contas do Estado, que o governador eleito, Romeu Zema (Novo), planeja implementar a partir de 1º de janeiro.
Em um evento com líderes empresariais em Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (5), Mourão afirmou que a nova gestão deve priorizar o equilíbrio das finanças para conseguir o auxílio do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
“Primeiro tem que fazer o dever de casa, fazer os ajustes aqui dentro (de Minas). O que o governo (estadual) eleito vai herdar é fruto de erros ocorridos no passado. Após Minas se ajustar, nós temos a visão de dividir os recursos de forma direta com os estados e municípios e, consequentemente, Minas terá mais recursos a sua disposição”, afirmou Mourão.
Um dos principais pilares defendidos por Zema para atenuar a grave crise financeira que o Estado atravessa é a renegociação da dívida de Minas com o governo federal. Segundo a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF-MG), o rombo de Minas com a União atingiu R$ 86,1 bilhões em outubro. Neste ano, o Estado já desembolsou R$ 3,5 bilhões com o pagamento desse débito.
Sobre a renegociação da dívida, Mourão também dividiu a responsabilidade com Minas. “Acho que sim (possibilidade da renegociação da dívida). Haverá boa vontade. Primeiro tem que fazer o dever de casa. As medidas que vão ser tomadas aqui em relação ao ajuste fiscal, em termo de austeridade. É igual a casa da gente, se você gasta mais do que ganha, o que acontece? É o mesmo que acontece com os governos”, pontuou o vice-presidente eleito.