Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocupam nesta segunda-feira (13) a sede da Companhia Elétrica de Minas Gerais (Cemig), no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Aproximadamente 300 pessoas estão no prédio com o objetivo de retornar as negociações junto com o governo sobre as construções de usinas hidroelétricas em Minas Gerais. Segundo a Polícia Militar, o ato é pacífico e os manifestantes estão na entrada do edifício.
Entre as reivindicações estão à situação dos atingidos pela barragem de Irapé, no Vale do Jequitinhonha. Após a inauguração da UHE da estatal, em 2006, segundo o MAB, a população local passou a conviver com água contaminada, pesca comprometida, extinção de peixes e agricultura sem produção.
Outra barragem com problema, segundo o MAB, é a UHE de Aimorés, no leste do Estado. "A cidade de Itueta foi totalmente alagada e reconstruída sem a autonomia e participação dos atingidos nas residências e local onde viverão pelo resto de suas vidas. Hoje, o que ficou para os atingidos foi à estrutura de uma cidade fantasma e sem identidade regional”, afirma Letícia Oliveira, da Coordenação Estadual do MAB.
Atingidos pela barragem de Fundão, que pertencem a Samarco, Vale e BHP Billiton, também denunciam precariedades devido à estrutura.
Outro lado
A Cemig informou que o presidente da Companhia, Bernardo Alvarenga, recebeu, na manhã desta segunda-feira (13), representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Durante a reunião, foram apresentadas reivindicações, principalmente relacionadas à Usina Hidrelétrica Irapé, no Vale do Jequitinhonha.
Na ocasião, o presidente assumiu o compromisso de analisar as reivindicações apresentadas. Para isso, um grupo de trabalho está sendo criado para avaliar os pedidos com brevidade e buscar, em conjunto com o MAB e Governo de Minas, as soluções possíveis para atender às reivindicações.