Sete suspeitos de liderar a greve da Polícia Militar na Bahia, em fevereiro do ano passado, foram denunciados pelo Ministério Público Federal no Estado por diversos crimes previstos pela Lei de Segurança Nacional, pelo Código Penal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
De acordo com o MPF, o grupo teve como objetivo "expor a perigo o Estado" com "nítida motivação política". Na denúncia, ainda é citado o gasto de R$ 14,4 milhões, por parte de União, para a mobilização de tropas do Exército e da Força Nacional como resposta à ocupação, por parte dos policiais grevistas, da Assembleia Legislativa da Bahia.
Entre as acusações estão formação de quadrilha, impedimento do livre exercício de qualquer um dos poderes da União ou dos Estados com uso de violência, sabotagem contra instalações militares e paralisação de atividade ou serviço público essencial à segurança.
Entre os denunciados estão os ex-policiais e atuais vereadores Marco Prisco, de Salvador, e Gilvan Souza Santana, de Jequié, a 358 quilômetros da capital. Segundo o MPF, eles conquistaram "lucros políticos" com a greve. Também há dois denunciados de outros Estados que participaram do movimento grevista na Bahia: o cabo Jeoás Nascimento dos Santos, do Rio Grande do Norte, e Benevenuto Daciolo Fonseca, também líder da greve do Corpo de Bombeiros no Rio de Janeiro. Prisco minimizou a denúncia, dizendo se tratar de "manobra política do governo" para enfraquecer sua "imagem política". Além disso, o vereador contou não ter sido oficialmente notificado sobre as acusações.
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