MST faz ato para marcar um ano de assassinato de líder sem terra

Folhapress
24/01/2014 às 14:27.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:34

RIO DE JANEIRO - O Movimento dos Sem-Terra (MST) realiza nesta sexta-feira (24) um ato para marcar um ano da morte de Cícero Guedes dos Santos, agricultor e líder do movimento na região de Campos de Goytacazes, cidade da região norte do Estado do Rio.    O trabalhador rural e militante do MST foi encontrado morto a tiros pela Polícia Civil, em uma estrada vicinal, perpendicular à BR-356, que liga Campos dos Goytacazes a São João da Barra, norte fluminense. Ele foi baleado na cabeça e no peito por dez tiros.    Na época, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República divulgou nota na qual lamentou a morte e disse que disputa fundiária na região é resultado da morosidade da Justiça.   Uma série de atividades estão programadas para lembrar a data na cidade, como a distribuição de alimentos, doação de sangue e um ato ecumênico. O evento teve início às 9 horas e transcorreu de modo pacífico, sem fechamento de vias nem violência, de acordo com o comando da Polícia Militar em Campos.    Cícero Guedes dos Santos    Nascido em Alagoas, ele foi cortador de cana e era um dos coordenadores da ocupação do MST na usina Cambahyba, que ocorreu em novembro de 2012. Cícero Guedes vivia desde 2002 no Sítio Brava Gente, no norte do Rio de Janeiro, no assentamento Zumbi dos Palmares, mas continuou na luta pela reforma agrária.    As fazendas da Usina Cambahyba ficaram conhecidas a partir de 2012, quando o ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), Cláudio Guerra, afirmou no livro "Memórias da uma guerra suja" que corpos de dez militantes políticos contra a ditadura foram incinerados lá.

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por