Mulheres do MST ocupam fábrica da Nestlé, no Sul de Minas

Da Redação*
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20/03/2018 às 17:14.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:57

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocuparam nesta terça-feira (20) a fábrica da Nestlé, em São Lourenço, no Sul de Minas Gerais. Segundo o MST o ato é para denunciar  "a entrega das águas às corporações internacionais, conduzida a passos largos pelo governo golpista de Michel Temer".

O local foi ocupado por cerca de 600 mulheres, por cerca de uma hora, de acordo com a assessoria de imprensa da companhia. Na fábrica, trabalham aproximadamente 80 pessoas. 

A ocupação aconteceu enquanto ocorre em Brasília o Fórum Mundial da Água. "Imagina você ser obrigada a comprar em garrafinhas toda a água para matar a sede durante o dia. Ninguém aguentaria isso. É o que querem as empresas reunidas neste momento naquele Fórum", afirmou Maria Gomes de Oliveira, da direção do MST. "É muita petulância fazer um fórum internacional para comercializar nossas reservas de água. Eles não estão lá para debater gestão de nada, estão fazendo um leilão para vender o país a preço de banana", seguiu a dirigente, em texto sobre a ocupação.

Em nota, a Nestlé Waters afirmou que parte das instalações da unidade de São Lorenço foi danificada pelo ato, mas que não houve feridos. A companhia informou que respeita a liberdade de expressão e opinião, mas lamenta que a manifestação tenha gerado danos nas instalações.

A empresa disse ainda "que está totalmente comprometida com a administração sustentável dos recursos hídricos e o direito humano à água. Em todos os locais onde extrai água, realiza estudos de recursos hídricos e monitora frequentemente as retiradas para garantir que não afetem as bacias hidrográficas locais e os aquíferos".

*Com Estadão Conteúdo

 
 

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