"Não vamos sair da Palestina, vamos obrigá-los a estabelecer a paz", diz embaixador em BH

Hoje em Dia (*)
30/07/2014 às 16:10.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:35
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben, concedeu entrevista coletiva na Casa do Jornalista em BH, na tarde desta quarta-feira (30), onde esteve para participar de um encontro com o Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino.    O embaixador agradeceu a postura de apoio do Brasil e disse que o Hamas é a reação negativa de Israel de reconhecer o Estado Palestino.  Para ele, a comunidade internacional precisa boicotar a atitude de Israel, seja interrompendo acordos econômicos, seja aumentando a pressão por uma "solução diplomática".   Zeben afirma que o conflito não pode ser caracterizado como uma guerra, mas sim, um genocídio, já que Israel tem apoio dos Estados Unidos e a Palestina tenta, há 66 anos, obter o direito a seu território.    Número de mortos é crescente   Os números informados pelo embaixador assuntam. Em 22 dias de conflito, já são 1330 mortos, sendo que 40% são crianças.  Além disso, já são contabilizados mais de 7.450 feridos. "A solução é política, não existe solução militar; não será resolvido por mísseis. Tem que ser na base do Direito Internacional, para criar dois Estados, com dois povos", opinou.   Para Zeben, as raízes do conflito em Gaza são bastante claras. "Israel tem um objetivo político de impedir o Estado Palestino e criar um Estado judaico, com excessivo uso da força e limpeza étnica", afirmou. "A ocupação israelense é vantajosa para eles: têm acesso à água, mão-de-obra barata, mercado. E se um palestino levanta a voz, é chamado de terrorista", completou o embaixador.   "Não vamos sair da Palestina, vamos obriga-los a estabelecer a paz", concluiu.   * Com informações de Patrícia Scofield

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