Após a notícia sobre o fim do relógio do Itaú, que funcionava há mais de 40 anos sobre um dos mais tradicionais prédios de Belo Horizonte, o edifício JK, no Barro Preto, região Centro-Sul da capital, moradores iniciaram um movimento nas redes sociais para tentar impedir que o banco conclua a retirada do dispositivo, que já se encontra desligado. Com a hashtag "NãoÉSóUmRelógio", usuários do Tweeter estão contando histórias que envolvem o relógio e fazendo apelos à empresa.
"Quando vim para BH, tinha uma namorada que morava no Barro Preto. O relógio do JK era minha referência para saber que estava próximo da casa dela", escreveu Eduardo Raniery na rede social. "Meu pai está p... com essa notícia e eu rachando das histórias dele, da época que ele jogava uma pelada debaixo de um viaduto e marcava o tempo pelo relógio do Itaú. Na moral, esse marco de BH não pode ter fim", protestou João Vaz.
Procurada pelo Hoje em Dia, a assessoria de imprensa do banco Itaú explicou, por uma nota, que o fim do relógio se deve às "mudanças na legislação de várias cidades brasileiras ocorridas nos últimos anos. "O Itaú Unibanco revisitou a estratégia de exposição de sua marca e, nesse contexto, decidiu descontinuar o investimento atrelado ao relógio localizado na cobertura do Edifício JK", finaliza o texto.
Confira algumas outras postagens de moradores contra a retirada do relógio:
@SalesbEdgar me levou até o relógio uma vez e foi a realização de um sonho. Posso afirmar que de lá temos a vista mais bonita de Belo Horizonte.#NãoÉSóUmRelógio https://t.co/ouPb1GsET3— lana del uai (@atlexicana) 1 de setembro de 2019
#NãoÉSóUmRelógioNa rua onde passei minha infância, próxima ao 12 BI, podíamos visualizar o relógio ao nos posicionarmos no meio da rua.À noite, as criancas e adolescentes se reuniam para brincar na rua.O relógio marcava o tempo da brincadeira e assim, marcou a vida de todos.— Guilherme Lamounier (@guilamour) 1 de setembro de 2019
Qta lembrança tenho deste relógio. Principalmente, sentado no muro de casa onde esperava meu finado pai chegar do trabalho, isso a uns 30 anos. O relógio do @itau era minha referência de horas! #NaoESoUmRelogio pic.twitter.com/MWP1BDBrDe— Bruno Vasconcelos (@Ft_Bruno) 1 de setembro de 2019
Estava atrasado para uma reunião no Centro de BH. A bateria do meu celular havia acabado. Não ando com relógio normalmente. Iria tomar um baita esporro do chefe. Olhei para o relógio e vi que ainda não haviam atualizado para o horário de verão. Me salvei. #NaoESoUmRelogio— LUFE WERNECK (@LuizFernandoWe7) 1 de setembro de 2019
Prezado @itau, como cliente e cidadão Belo Horizontino gostaria de pedir para reconsiderar a retirada deste símbolo que se tornou o relógio com seu nome ao lado.Não lembro de um só dia que passei em BH e não tenha me guiado por ele. #NãoÉSóUmRelógio pic.twitter.com/Dl69niybIP— Felipe Coelho - BH (@felipecoeri) 1 de setembro de 2019
#NãoÉSóUmRelógio@itau me ajuda a te ajudarIsso é um cartão postal da cidade e ainda ajuda muita gente bêbada ...Nao tire o nosso relógio pic.twitter.com/c903LK1G8V— Guilherme Soares (@Guiisoares9) 1 de setembro de 2019
#NaoÉSóUmRelogio Sempre que eu chegava no centro de manhã e olhava pra ele eu percebia que estava atrasado https://t.co/CIva6STpMS— Lucas Lyon (@lukas_lyon) 1 de setembro de 2019
Descia a Amazonas, por mais de 4 anos, vendo as horas até chegar na Goitacazes pra ir pra faculdade no Barro Preto. Quando via que era quase 19:00. Apertava o passo. #Naoésóumrelógio— Paulo Leal (@Paulo_Leal) 1 de setembro de 2019
O relógio do Itaú está para os belorizontinos assim como o Big Ben para os londrinos! #NãoÉSóUmRelógio— Paulo (@0_PauloHenrique) 1 de setembro de 2019