DIGNO DE UMA FINAL

Na despedida de Messi, Argentina vence a França e garante o tricampeonato Mundial

Da Redação
esportes@hojeemdia.com.br
18/12/2022 às 11:24.
Atualizado em 18/12/2022 às 16:56
 (Twitter Oficial Copa do Mundo FIFA / @fifaworldcup_pt)

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ATUALIZAÇÃO - Essa reportagem foi atualizada após o fim da partida

Na despedida de Messi, a Argentina venceu a França, nos pênaltis, após um 3 a 3 entre tempo normal e prorrogação, e garantiu o tricampeonato Mundial em um jogo que vai entrar para a história da competição. A Argentina volta a levantar a taça após 36 anos. Os “hermanos” tinham sido campeões em 1978 e 1986.

Como em toda grande decisão, o jogo começou tenso e com as duas equipes se estudando em campo. Até que aos 22 minutos, Di María,em jogada individual pela esquerda, passou por Dembelé, invadiu a área e foi derrubado. O árbitro Szymon Marciniak, não pensou duas vezes e marcou a penalidade máxima para os argentinos, enquanto os franceses contestavam a decisão.

Sem ter nada a ver com isso, Messi, como na semifinal, colocou a bola debaixo dos braços e foi para a cobrança. Com a calma de sempre, o craque bateu no canto esquerdo do goleiro Lloris, abrindo o marcador. Com o sexto gol marcado neste Mundial, o camisa 10 da argentina chegou a 12 gols em Copas do Mundo e se igualou ao Rei do Futebol, Pelé.

Mesmo atordoados, os franceses começaram a busca pelo empate, mas errando muito no último passe. Quando pareciam que estavam se ajustando em campo, aos 35 minutos, em aula de contra-ataque, Mac Allister avançou até a grande área e rolou para Di Maria, o nome do jogo até aqui, sozinho e de frente para o gol, marcar o segundo da Argentina, para desespero dos franceses.

Com dois gols atrás, o técnico francês Didier Deschamps, não esperou nem o fim do primeiro tempo para modificar o ataque da equipe. Kolo Muani entrou na vaga de Dembélé, e Thuram no lugar de Giroud. E mesmo assim, os europeus pouco fizeram, tanto que o goleiro Emiliano Martínez, sequer foi acionado, virando um espectador de luxo no primeiro tempo.

E a França voltou para a segunda etapa como havia terminado: perdida em campo e com Mbappé sem criar perigo algum para a defesa argentina. Enquanto isso, Di Maria seguia “deitando” em campo até que o cansaço bateu e ele foi substituído por Acuña. Sem ele em campo, a seleção argentina começou a cadenciar a partida e buscar mais os contra-ataques para matar o jogo.

A escolha não parecia ter sido a melhor. Os franceses cresceram em campo e aos 33 minutos, em disputa entre Kolo Mouani e Otamendi, o jogador francês levou a melhor e acabou sendo puxado pelo zagueiro argentino na grande área. O árbitro marcou pênalti e, na cobrança, a fúria Mbappe ressurgiu. O craque bateu no canto direito do goleiro Emiliano Martínez, que chegou a tocar na bola, mas ela morreu no fundo das redes, colocando a França de volta na disputa. 

E nem deu tempo para comemorar, dois minutos depois, veio o empate, para delírio dos franceses. Messi foi desarmado no ataque e, em uma linda tabela, os europeus avançaram até a grande área até a bola chegar na medida para Mbappe, que soltou um petardo, de primeira, sem chances para o goleiro. Foi o segundo gol dele no jogo e o sétimo no Catar, assumindo a artilharia da competição.

Com isso, foi a vez da Argentina sentir o golpe e ficar atordoada em campo. Tanto que nos acréscimos do tempo regulamentar os europeus quase viraram o marcador. Mas como é final de Copa, e com estrelas em campo, a última chance do jogo foi da Argentina, dos pés de Messi, que pararam nas mãos de Lloris.

Na história da Copa, a Argentina participou de 10 prorrogações, com 3 vitórias, 6 empates e 1 derrota. Já a França esteve presente em 7, com 2 vitórias, 4 empates e 1 derrota .

Cautelosos, os times iniciaram o tempo extra. Coube a Argentina as duas únicas melhores chances para marcar, ambas com Lautaro Martínez, que entrou no lugar de Álvarez. No segundo tempo, aos 3 minutos, o extraterrestre volta a ser protagonista. Tudo começou quando Martínez, mais uma vez, saiu cara a cara com o goleiro e chutou forte. Lloris deu rebote e, na pequena área, Messi bateu firme e a bola foi morrer no fundo do gol.

A tensão tomou conta do estádio porque o auxiliar marcou impedimento de Martínez, enquanto o árbitro já apontava para o centro do gramado, validando o gol. Em poucos segundos, o VAR confirmou a decisão do juiz e Messi pode comemorar o sétimo gol dele no Mundial, igualando a Mbappe na artilharia.

E se engana quem pensou que parou por aí. Faltando pouco mais de 3 minutos para o fim do jogo, a França partiu para o ataque e Mbappe chutou de fora da área. A bola parou no braço de Montiel. Resultado: mais um pênalti para os europeus.

Como na primeira cobrança, Mbappe bateu no canto direito para empatar o placar. Foi o HAT TRICK do atacante no jogo e o oitavo dele no Mundial, o que o consolida como o artilheiro da competição. Ainda teve tempo de mais uma emoção. Nos acréscimos, o gol do título francês parou nos pés de Emiliano Martínez que fez uma defesaça após crescer na frente de Kolo Muani, que até bateu firme para o gol.

Nas cobranças alternadas coube aos craques iniciarem. Mbappe e Messi não desperdiçaram. Logo em seguida, Emiliano Martínez fechou o gol e pegou a cobrança de Coman. Já Dybala, não desperdiçou e colocou a Argentina à frente do placar. E para piorar para os franceses, Tchouaméni cobrou para fora, enquanto Paredes anotou o terceiro. Kolo Muani, que teve a chance de evitar as penalidades, foi para a cobrança e guardou o dele. E quis o destino que Montiel, que tinha cometido o pênalti da igualdade, ir para a cobrança e garantir o tricampeonato dos argentinos.

Essa foi a 11ª decisão de uma Copa do Mundo entre sul-americanos e europeus. Contando o de hoje, são 8 títulos para a América do Sul (1958, 1962, 1970, 1978, 1986, 1994, 2002 e 2022), contra apenas 3 da Europa (1990, 1998 e 2014).

Ficha técnica

Argentina 3 (4) x (2) 3 França

Argentina
Emiliano Martínez; Molina (Montiel), Romero, Otamendi e Tagliafico (Dybala); Enzo Fernández, De Paul (Paredes) e Mac Allister (Pezzella); Di María (Acuña), Messi e Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni

França
Lloris, Koundé (Disasi), Varane (Konaté), Upamecanoe T. Hernandez (Camavinga); Tchouaméni, Rabiot (Fofana) e Griezmann (Coman); Dembélé (Kolo Muani), Mbappé e Giroud (Thuram). Técnico: Didier Deschamps

Motivo: final da Copa do Mundo

Data: 18 de dezembro de 2022 (domingo)

Local: Estádio Lusail

Arbitragem: Szymon Marciniak, auxiliado por Tomasz Listkiewicz e Pawel Sokolnicki

Cartões: Enzo Fernández, Paredes, Acuña (Argentina); Rabiot, Thuram, Giroud (França)

Gols: Messi (x2), Di María (Argentina); Mbappé (3x) (França)

Pênaltis: Messi, Dybala, Paredes, Montiel (Argentina); Mbappé, Kolo Muani (França).

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