Na tonga da mironga...

03/01/2017 às 18:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:18

Os frentistas dos postos são em geral muito solícitos e corretos. Mas, tem alguns que exageram na criatividade para tentar faturar à custa do cliente. Fazem uso de qualquer argumento para convencê-lo a autorizar um serviço desnecessário.
Alguns não têm nenhum constrangimento, ao puxar a vareta para verificar o nível do óleo no carter, em colocar uma gotinha entre os dedos e afirmar “está muito escuro”. Ou diagnosticar ter perdido a viscosidade necessária para lubrificar as partes móveis.

Em resumo, o parecer é de que o óleo está vencido e deve ser trocado para evitar o risco de fundir o motor. Cai na conversa quem não sabe que o óleo fica mesmo escuro depois de trabalhar algumas horas. E que viscosidade só se afere em aparelhos especiais e sofisticados.

Outros oferecem aditivos mirabolantes, só para faturar a comissão prometida pelo dono do posto e aditivar seu próprio salário...
Eu achava que sabia de todos estes artifícios, mas outro dia me contaram uma que eu quase não acreditei. Foi de um frentista que argumentou com o motorista de já estar no momento de trocar o líquido do sistema de refrigeração (água + etilenoglicol).
O dono do carro disse que o líquido tinha sido substituído há poucos meses e que o manual recomendava a troca apenas a cada dois anos. O frentista, então, insistiu e disse que o líquido estava velho e sem função, o que ele reconhecia facilmente pelo cheiro...

Mas vai ter olfato apurado assim lá na tonga da mironga... 

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