(Maurício Vieira / Hoje em Dia )
Pela terceira vez, o delegado Rafael Horário, acusado de matar o caminhoneiro Anderson Cândido de Melo durante uma briga de trânsito, teve o habeas corpus negado pela Justiça, nesta quarta-feira (21).
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) justificou a decisão de manter o policial preso argumentando que o “o crime de homicídio é causador de temeridade no seio da sociedade, não podendo o Poder judiciário fechar os olhos a esta realizade”.
Os advogados de defesa de Rafael Horário também questionaram que a prisão preventiva ocorreu sem que houvesse ocorrido uma audiência de custódia 24 horas após o crime. Mas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, confirmou que a audiência ocorreu e manteve a prisão.
O delegado foi preso no dia 30 de julho, depois de ter sido indiciado por homicídio qualificado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil. No dia do crime, o policial se apresentou espontaneamente na delegacia, mas só foi preso quatro dias depois. O crime ocorreu na Avenida do Contorno, uma das mais movimentadas da região Central, em BH.
O resultado da perícia do Instituto de Criminalística da Polícia Civil comprovou que o motorista de caminhão reboque, Anderson Cândido Melo, não acelerou o veículo em direção ao delegado Rafael de Souza Horácio, que baleou e matou a vítima.
O laudo divulgado contesta a versão do policial, que declarou, em depoimento, que Anderson teria "jogado" o caminhão contra ele e que teria atirado em legítima defesa.
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