Utilizado no Brasil para a terminação de animais para o abate, o sistema de confinamento tem crescido, conforme o diretor-executivo da Assocon - Associação nacional dos confinadores, Fabio Dias. Embora não haja dados exatos sobre o número de cabeças confinadas, Dias estima em 2,5 milhões o rebanho confinado atualmente, a maioria da raça nelore.
A Assocon, que tem 21 sócios e projeta abater 317 mil animais de julho a dezembro deste ano, não tem dados dos anos anteriores porque suas atividades, paralisadas por quatro anos, foram retomadas em 2006.
Segundo Dias, a maioria dos confinamentos concentra-se em Goiás e, em segundo lugar, com uma distribuição bastante equilibrada, aparecem os estados de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso. Boa parte dos confinamentos já está em operação e os abates começam a partir de julho/agosto, estendendo-se até dezembro, com pico entre setembro e novembro.
CICLO
No país, o confinamento tem o ciclo curto, de 70 a 90 dias, com alimentos 100% de origem vegetal, basicamente produtos regionais, como grãos, palhada e subprodutos do beneficiamento agrícola (polpa cítrica e caroço de algodão).
Dias explica que o gado brasileiro é criado a pasto por cerca de dois anos e, nos últimos 2 a 3 meses, no confinamento, recebe alimentação mais rica em energia, para engorda rápida.
Uniformidade e facilidade de acabamento dos lotes são as principais vantagens do confinamento com nelore, segundo Dias.
- Os lotes de nelore são uniformes e fáceis de dar acabamento, indo para o abate geralmente na faixa de 17 arrobas. O animal é bem competitivo nesse sentido e tem a possibilidade, em alguns casos, de participar do Programa Nelore Natural, proporcionando mais rentabilidade.