8 DE MARÇO

Nexus: 71% das mulheres sacrificam autocuidado em prol de crescimento profissional

Levantamento mostra ainda que saúde mental é negligenciada por 52% das entrevistadas

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 08/03/2025 às 07:30.

Quando o objetivo é garantir crescimento profissional, autocuidado e saúde mental são os aspectos mais sacrificados por mulheres: 7 em cada 10  (71%) abriram mão da saúde física ou de hobbies em prol do trabalho e metade (52%) negligenciou a saúde mental pelo mesmo motivo. Os dados são da pesquisa “Mulheres nas empresas: o que querem da carreira e da vida pessoal”, feita pela Todas Group e pela Nexus, especializada em Pesquisa e Inteligência de Dados. 

Cada entrevistada - mulheres em cargos de liderança - podia escolher até três opções. Metade (50%) respondeu que abriu mão de tempo com a família, 33% da vida social e lazer, 24% sacrificou a maternidade ou desejo de ter filhos, 14% deixaram de investir em relacionamentos afetivos, 14% priorizaram estabilidade financeira e 3% renunciaram à a vida religiosa.

Entre as gestoras que são mães, o tempo com a família aparece como a 2ª área mais sacrificada (65%). Já entre quem não tem filhos, o indicador de descuido com a saúde mental chega a 61%. Neste grupo, o impacto nos relacionamentos afetivos (20%) também é maior.

Foram ouvidas 1.203  mulheres que atuam em grandes empresas e multinacionais. A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de fevereiro. A pesquisa foi conduzida também por meio online, com disparos para a base de 25 mil mulheres que fazem parte da Todas Group, especializada em capacitação de mulheres nas empresas latino-americanas. As respostas foram voluntárias e apenas as mulheres que autorizaram tiveram seus dados utilizados. 

Carga mental é principal obstáculo das mães no trabalho

  

Para profissionais que são mães, carga mental excessiva (50%) e pressão para provar que são tão dedicadas quanto colegas sem filhos (26%) foram apontados como os principais obstáculos no ambiente de trabalho. 

Quando questionadas sobre iniciativas das empresas no 8 de março, Dia Internacional da Mulher, 31% responderam que a prioridade deveriam ser ações de conscientização sobre a sobrecarga mental das mulheres. No mesmo patamar estão desenvolvimento e capacitação para crescimento na carreira, seguido por flexibilidade para equilibrar melhor vida pessoal e profissional (29%), mais mulheres em cargos de liderança (22%) e equiparação salarial entre homens e mulheres (20%).  

Questionadas sobre medidas fundamentais que as empresas poderiam implementar, pelo Dia Internacional da Mulher, 20% das entrevistadas apontaram programas de aceleração de carreira. Outras 18% escolheriam flexibilização da jornada de trabalho e 13% indicaram conscintização dos homens sobre comportamentos de invalidação de mulheres.

“Dados fazem um diagnóstico que pode servir de insumo para empresas construírem ambientes com maior equidade de gênero, retenção de talentos e fortalecimento de lideranças femininas”, afirma o CEO da Nexus, Marcelo Tokarski.

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