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Sedãs executivos asiáticos se tornaram opções mais acessíveis para quem busca um degrau acima dos médios, mas ainda acha que é cedo para investir num sedã premium alemão. O Nissan Altima integra esse time e oferece atributos dignos para quem adorna o pescoço com uma grava Hermés e tem vaga demarcada no estacionamento da empresa.
Chama a atenção o excelente comportamento do motor 2.4 litros 16v de 182 cv associado à transmissão de variação continua (CVT), que garantem excelentes respostas, mesmo em um carrão tão grande. Destaque para o consumo de combustível na ordem de 9,1 km/l na cidade e 13,4 km/l na estrada.
Boa parte desse comportamento se resume ao Adaptive Control Shift (ACS), que consegue identificar o modo que o condutor dirige e busca sempre uma faixa de rotação que se assemelha com a preferência do motorista.
Por dentro, o sedã oferece bom nível de conforto, com amplo uso de couro no revestimento dos painéis das portas, volante e bancos. E por falar em bancos, a Nissan afirma que os estofados foram desenvolvidos com tecnologia importada da Nasa. É confortável, mas longe de atingir a excelência de um Bentley.
O pacote de conteúdo também é digno de quem quer dar um salto qualitativo. Sistema de navegação, câmera de ré (com gráfico que indica o giro do volante), ar-condicionado digital de duas zonas e repetidores na coluna central para os ocupantes do banco de trás (que pode ser o patrão), monitor de ponto cego nos retrovisores laterais e kit de áudio Bose são alguns dos mimos do sedã.
Um recurso interessante é leitor de faixas. O sistema consegue identificar quando o motorista está invadindo a faixa ao lado e avisa com um sinal sonoro, assim como monitora outros veículos que se deslocam por perto. No entanto, o Altima peca em não oferecer sensor de estacionamento. Mesmo que a câmera seja um excelente auxílio, o acessório sonoro, que custa uma ninharia, não oneraria em nada o custo final do modelo, que não sai por menos de R$ 106 mil.
Bom, o Altima é um senhor automóvel. Seu desenho está longe de ser arrebatador, mas mesmo assim é um carro imponente. Para quem busca espaço, conforto e não quer enriquecer as petrolíferas, é uma aposta certeira.