(Divulgação)
Destronar o reinado da Audi nas 24 Horas de Le Mans é uma meta a ser batida por diversos fabricantes que, ano após ano, assistem seus protótipo serem humilhados pelo bólidos das quatro argolas. Peugeot e Porsche têm experimentado o amargo sabor da derrota nos últimos anos e agora a Nissan busca, em uma receita milagrosa, desbancar o domínio híbrido R18 E-tron, que combina motor turbodiesel com uma matriz elétrica.
O Nissan GT-R LM Nismo inverteu as bolas, ou melhor, as rodas para buscar competitividade. Isso porque o protótipo japonês abriu mão da tradicional combinação de tração e motor central traseiros, por um eixo motriz na dianteira, assim como os motores biturbo V6 3.0 e as unidades elétricas foram montados junto às rodas da frente.
Inversão
Com o resultado, o carro foge totalmente à arquitetura dos bólidos LM P1, que tradicionalmente posiciona o habitáculo bem próximo do eixo dianteiro para deixar espaço para o trem de força, atrás do banco do piloto. Já no GT-R, há um imenso capô à frente da cabine.
A Nissan justifica a decisão por acreditar que o carro terá melhor aceleração, que os protótipos convencionais, o que poderia oferecer melhor desempenho principalmente nas saídas de curva. E não é mero achismo. A marca formou um time com especialistas do Japão, Europa e Estados Unidos para desenvolver o GT-R LM Nismo, que inclusive conta com participação da britânica Cosworth no fornecimento dos módulos eletrônicos
É bem verdade que se realmente a fórmula funcionar, o carrão pode até ganhar performance nas duas chicanes da longa reta da Mulsanne, assim como na sua curva final, que tem um cotovelo que obriga os pilotos desacelerar de 300 para menos de 80 km/h e perdem segundos preciosos na retomada. Se vai dar certo ou não, só saberemos no dia 14 de junho, na hora em que a bandeira quadriculada tremular.