(Lucas Prates)
Boa parte da população que passou pela região central de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (22), respeitou o decreto da prefeitura que obriga o uso de máscaras nas ruas e comércios. Mesmo assim, há exceções. Pessoas que deveriam dar o exemplo, como motoristas de ambulâncias e ônibus e até idosos, foram flagrados sem o equipamento de proteção.
A reportagem do Hoje em Dia percorreu algumas das principais vias do centro da capital e verificou várias situações. Vale lembrar que, conforme a nova norma, os lojistas autorizados a funcionar podem proibir a entrada de clientes sem o acessório.Lucas Prates
Teve gente que só passou a usar a máscara por causa desta obrigatoriedade. Caso do vendedor de picolé, Aguinaldo Ferreira da Trindade.
“Se não usar, é problema. Estava trabalhando sem, mas comecei a utilizar após o decreto do prefeito. Incomoda, mas tem que usar para evitar os problemas que estão acontecendo”, destacou. Lucas Prates / N/A
Nos ônibus, que podem oferecer risco de propagação do vírus, a maior parte dos passageiros e motoristas também adotou a medida. Porém, em alguns casos, tanto usuários quanto condutores, desrespeitaram o decreto. Lucas Prates
Situações opostas também foram verificadas no comércio. Com o decreto, lojistas devem afixar cartazes sobre a forma correta de utilizar o Equipamento de Proteção Individual (EPI), além de divulgar o número máximo de pessoas que podem ficar dentro dos espaços. Enquanto alguns estabelecimentos seguiram a determinação, muitas lanchonetes ignoraram as regras. Clientes entravam e saíam sem os EPIs.
Fiscalização
A administração municipal espera ter a colaboração dos moradores. “O uso é um pedido. A gente não quer ficar brigando, tirando do ônibus, num estado policialesco, mas o que Belo Horizonte vem mostrando é o carinho com o próximo. A máscara é um equipamento importante, orientado pela OMS (Organização Mundial de Saúde)”, frisou o prefeito Alexandre Kalil, em entrevista na última segunda-feira (20).
Equipes da Guarda Municipal (GM) atuam em toda a metrópole. As pessoas flagradas sem máscaras serão orientadas pelos agentes a retornar para as residências. Na manhã desta quarta-feira, carros de som do órgão circularam em vários pontos da região central de BH com alertas sobre a necessidade do equipamento.
“Precisamos do seu apoio e de seus familiares. O uso de máscara se tornou obrigatório em nossa cidade. Este equipamento deve ser utilizado nos espaços públicos e no comércio. Faça a sua parte”, avisou a GM.
Nos estabelecimentos, a fiscalização dos clientes ficará a cargo dos comerciantes. Segundo o decreto, em caso de descumprimento, o Alvará de Localização e Funcionamento poderá ser recolhido pela Guarda Municipal. Se o comerciante insistir, a Subsecretaria de Fiscalização pode interditar o local. E, se houver o descumprimento da interdição, pode ser aplicada multa de R$ 17.614,57.