No sétimo protesto de São Paulo, clima é pacífico

Artur Rodrigues, Bruno Deiro e Bruno Paes Manso
21/06/2013 às 12:48.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:20

A sétima manifestação em São Paulo, em 15 dias, ocorreu de forma pacífica e reuniu 100 mil pessoas ontem, segundo a Polícia Militar. Após o registro de confrontos com a PM na manifestação de terça-feira da semana passada, os conflitos e hostilidades desta vez se limitaram aos participantes - não houve confrontos.

Às 19 horas, um grupo de cerca de 150 manifestantes do PT desistiu de permanecer na passeata, por causa da crescente hostilidade por parte dos manifestantes que não queriam a presença de partidos no ato. Nesse momento, a passeata ainda se concentrava na altura da Avenida Paulista. Um manifestante teria sido ferido por uma bandeira política.

Chorando bastante, uma jovem que se identificou apenas como Marina lamentava o que chamou de intolerância. "Vivemos em um país democrático e isso não deveria acontecer. Queimar uma bandeira política é queimar o ideal de uma pessoa", disse a jovem.

Após a concentração na Praça do Ciclista, a multidão se dividiu, com um grupo marchando no sentido Paraíso e outro parado no Conjunto Nacional. Havia cartazes pedindo o fim da corrupção e a redução da maioridade penal, além de críticas aos partidos políticos. Na praça, permaneceram grupos ligados à causa original da redução da passagem, com bandeiras de movimentos ligados a partidos, como, por exemplo, o "Juntos", braço jovem do PSOL.

Shopping

Clientes do Shopping Paulista tiveram de sair às pressas durante a passagem de manifestantes pela região. As lojas foram fechadas e os seguranças conduziram as pessoas pelas portas do fundo. Mas o designer Rodrigo Sanches, de 29 anos, disse que "não houve tensão". O centro de compras permaneceu de portas fechadas.

A marcha prosseguiu pela Avenida 23 de Maio, bloqueando as pistas nos dois sentidos, quando houve nova divisão. Um grupo seguiu na direção do centro e da Prefeitura, enquanto outro caminhava para o Ibirapuera, parando na frente da Assembleia. Cerca de 1.300 pessoas se postaram na frente do Legislativo paulista, gritando contra PT e PSDB. A polícia negociou a saída pacífica de todos os participantes.

Dispersão

Naquele momento, outro pequeno grupo de pessoas já se concentrava na frente da Câmara Municipal. O policiamento havia sido reforçado no Viaduto do Chá - onde foram registrados atos de vandalismo tanto na sede da Prefeitura quanto no Teatro Municipal. Não houve incidentes e à meia-noite o movimento estava totalmente disperso. (Colaboraram Bruno Ribeiro, Diego Zanchetta e Luciano Bottini Filho). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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