(Bombeiros/Divulgação )
Mais um ônibus foi incendiado na região metropolitana de Belo Horizonte na madrugada desta sexta-feira (20). É o nono veículo destruído nos últimos oito dias. Desta vez, o ataque foi a um ônibus de fretamento particular que estava estacionado na rua Seis, no bairro Distrito Industrial Bandeirinha, em Betim.
De acordo com a Polícia Militar (PM), vizinhos que moram próximo ao local disseram terem visto quatro pessoas fugindo a pé logo após a chamas surgirem. A placa do veículo, que seria velho e estava estacionado no local há mais de um mês, não foi encontrada. Diferente de alguns casos, nenhum bilhete com recado informando a justificativa do ataque foi deixado.
Por conta dessas características, a PM acredita que a ocorrência não tenha ligação com os últimos ataques, crimes que estariam ligados a reivindicações de melhorias nas penitenciárias do Estado.
Investigações
Com relação aos ataques a coletivos, que além de prejudicar o serviço de transporte, deixam passageiros e funcionários amedrontados, a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) diz aguardar a conclusão das investigações, pela Polícia Civil, para averiguar o suposto envolvimento de detentos nos casos. Por sua vez, a corporação afirma ainda não ser possível dizer se os crimes estão relacionados a presidiários.
Já a PM afirma ter reforçado a patrulha nos pontos de ônibus e “trabalhado para identificar os autores”. Os locais onde o policiamento foi reforçado não foram divulgados pela corporação.
Prejuízo
O resultado dessa onda de ataques é que a prestação do serviço começa a ficar comprometida. As empresas que gerenciam os coletivos que circulam na capital e região metropolitana já disseram que não tem recursos para repor os veículos que forem incendiados.
Cada coletivo queimado custa cerca de R$ 400 mil na conta das empresas. Só em 2018, o prejuízo já chega a R$ 6 milhões. Os usuários também são afetados. De acordo com o sindicato das empresas, em média, 500 passageiros ficam sem o ônibus quando ele é retirado de circulação por conta dos crimes. Enquanto o veículo danificado não é reposto, é preciso reduzir o número de viagens da linha.
Ações
Neste ano, pelo menos 18 coletivos foram alvos de bandidos na região metropolitana. Desse total, seis na capital mineira e dez nas cidades vizinhas. Outros dois veículos particulares também estão entre os destruídos.
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