(Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Ex-dirigente da FPF, Pedro Martins foi contratado por Ronaldo para coordenar o departamento de futebol
Afastado da elite do futebol brasileiro desde o rebaixamento em 2019, o Cruzeiro vive uma expectativa de mudanças, com a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). No entanto, a nova gestão, encabeçada por Ronaldo, inicia seu trabalho com a necessidade de superar um cenário de dívida bilionária e receitas já antecipadas. A aposta dos executivos da Raposa é de que uma nova cultura organizacional seja capaz de superar esses obstáculos e impulsione o clube de volta à Série A do Campeonato Brasileiro.
“A gente acredita que o tamanho da camisa não vai nos levar naturalmente para a Série A. A gente acredita na mudança de processo, de se fazer futebol e criar um senso de indignação entre todos os colaboradores. Isso vai fazer com que a gente volte para a Série A de uma maneira organizada, estruturada e pensando no futuro do clube. O trabalho, sim, vai levar o clube a seu caminho de protagonista no futebol brasileiro”, analisou o diretor executivo de futebol do Cruzeiro, Pedro Martins.
Nova estrutura
O ex-dirigente da Federação Paulista de Futebol (FPF) foi contratado por Ronaldo para liderar a gestão do departamento de futebol do Cruzeiro SAF, ao lado do ex-zagueiro Paulo André. Outros profissionais já chegaram à Toca da Raposa para conduzir o planejamento da temporada 2022.
Com a promessa de um perfil de profissionalismo, os gestores da SAF pretendem delinear “processos sólidos”. A ideia é provocar uma ruptura em relação àquilo que vinha sendo feito no Cruzeiro, ainda que antigos funcionários possam permanecer no clube.
“Temos pessoas muito boas que já trabalhavam aqui no clube e vamos buscar pessoas que possam agregar o projeto de futebol e fazer com que o clube tenha processos sólidos. Eu não consigo ver outra saída”, acrescentou Pedro Martins.
Torcida gerando receita
Uma das principais esperanças da nova gestão é a geração de receitas a partir de serviços e produtos vendidos aos torcedores. O programa de sócios já ultrapassou a marca de 26 mil membros e tem sido, por enquanto, uma das principais fontes de dinheiro para o departamento de futebol, já que as receitas de TV e patrocínio foram antecipadas e gastas.
“O Cruzeiro vem montando uma equipe extremamente qualificada para repensar todas as fontes de receitas e a forma de fazer futebol dentro de um novo planejamento. Mas a gente sabe o tamanho do clube e da torcida, e eu não tenho dúvida que com esse novo ambiente nós teremos uma multiplicação de torcedores e, com o apoio dos sócios, vamos montar uma equipe cada vez mais competitiva”, complementou o diretor executivo.