(Flavio Tavares/Arquivo/Hoje em Dia)
Depois de tentar por duas vezes licitar a Parceria Público Privada (PPP) para a expansão do Expominas, no bairro Gameleira, em Belo Horizonte, o governo do Estado agora trabalha para realizar um projeto mais simples e pode até mesmo bancar a obra. A informação é do presidente da Companhia Mineira de Promoções (Prominas), Fernando Viana Cabral, que administra o centro de convenções. A definição deve ser anunciada ainda neste primeiro semestre, e a obra concluída até 2018, quando já deve estar em operação a nova estrutura. Em 2014, as duas licitações realizadas não tiveram interessados. O investidor deveria construir um shopping e um hotel, além de um novo galpão com auditório. O valor estimado era de R$ 728 milhões e o edital previa 33 anos de concessão, incluindo dois de obras. A inauguração estava prevista para o segundo semestre de 2016. “O que nós precisamos, no momento, é de um centro de convenções. Acho mais fácil licitar um centro de convenções e a possibilidade de um shopping center e de um hotel a gente deixe para a iniciativa privada”, afirmou Cabral. Em relação à forma como a expansão será viabilizada, o presidente da Prominas informou que está em análise a possibilidade de investimento de recursos do Tesouro, PPP e a capitalização de recursos junto a parceiros privados. Reclamação A informação foi um balde de água fria nos representantes do setor de turismo, que participaram nesta sexta-feira (24) de audiência na Assembleia Legislativa, e demandam mais espaços de eventos na capital. A presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Minas Gerais (ABIH-MG), Patrícia Coutinho, afirmou que o setor hoteleiro vive uma crise, e que a taxa média de ocupação, que era de 70%, agora está em 40%. Por isso, ela se reunirá com o prefeito Marcio Lacerda, na semana que vem, para solicitar que os hotéis que já existiam antes de 2010 recebam isenção de ISS e IPTU até 2020. Querem, ainda, serem enquadrados como indústrias, para pagarem tarifas mais baixas de água e energia elétrica. Segundo Patrícia, seis hotéis já fecharam após a Copa do Mundo, no ano passado.