Para suprir a demanda de água na Grande São Paulo, o governo do Estado assinou ontem contrato de Parceria Público-Privada para construir o maior sistema de abastecimento desde o Alto Tietê, entregue em 1993. O Sistema Produtor São Lourenço, que envolve construção de áreas para captação, armazenamento e tratamento de água, vai atender o oeste e o sudoeste da Grande São Paulo, local onde a população mais cresce por ano. Segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o complexo assegurará o abastecimento para os próximos 15 anos e deve ser entregue em 2018.
A água terá de percorrer tubulações ao longo de 83 km, desde a Represa Cachoeira do França, em Ibiúna. Também será preciso superar o desnível da Serra de Paranapiacaba, de 300 metros.
Cerca de 1,5 milhão de habitantes serão atendidos. A capacidade de produção de água tratada vai aumentar em 4,7 mil litros por segundo, ou 7% em relação ao nível atual da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que é de 73 mil. As construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Correa vão arcar com o investimento de R$ 2,21 bilhões, em troca da operação por 25 anos.
Contraponto. "O sistema vai cobrir em parte a necessidade de água na Região Metropolitana, pois a vazão transferida será insuficiente. Atualmente, a oferta e a demanda de água praticamente se equivalem", diz José Eduardo Cavalcanti, do Instituto de Engenharia. Até 2035, o consumo de água na Grande São Paulo deve aumentar cerca de 40%, o que significa que seria necessário um acréscimo de 30 mil litros/segundo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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