O número de doadores de órgãos no Brasil aumentou 89,7% nos últimos seis anos. Passou de 1.350, em 2008, para 2.562, em 2013. No mesmo período, o indicador nacional de doadores por milhão de habitantes subiu de 5,8 para 13,4, enquanto a fila de espera para transplante caiu de 64.774 mil para 37.736 mil (41,7%). Dados divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Ministério da Saúde apontam que, nos primeiros seis meses deste ano, o país realizou 11,4 mil transplantes. Desses, 6,6 mil foram cirurgias de córnea, 3,7 mil de órgãos sólidos (coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão) e 965 de medula óssea. Em 2013, foram realizados 23.457 transplantes. Apesar dos avanços, o ministério lançou campanha na tentativa de aumentar a adesão das famílias à doação de órgãos. O objetivo é mostrar a importância da autorização para retirada de órgãos, após a confirmação do óbito. É a família que autoriza o procedimento, quando a situação do paciente é irreversível. Para reforçar a campanha, o governo também desenvolveu um aplicativo que fará interface com o Facebook e notificará familiares no momento em que o usuário da rede social se declarar doador de órgãos. O internauta pode, ainda, adicionar à foto do perfil um laço verde, símbolo mundial da doação de órgãos. Qualquer pessoa que concorde com a doação pode ser doador, desde que o procedimento não prejudique sua saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, da medula óssea ou do pulmão. No caso de doadores falecidos, é preciso constatar a morte encefálica. O ministério ressaltou que a doação de órgãos só ocorre com a autorização da família. De acordo com a pasta, no primeiro semestre de 2014 foram realizadas 6,6 mil cirurgias de córnea e 3,7 mil de órgãos sólidos, como coração, fígado e rim.