O número de usuários que tiveram os perfis do Instagram invadidos em janeiro deste ano em Minas Gerais é quase quatro vezes maior que a média do segundo semestre de 2021. Apenas no primeiro mês de 2022, 388 ocorrências de acessos indevidos seguidos de golpes para obtenção de valores foram registrados no Estado.
Segundo dados divulgados nesta terça-feira (8) pela Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (Coeciber) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), nos últimos seis meses do ano passado, foram, em média, 104 por mês.
“Este é um dos golpes cibernéticos de maior incidência neste início de ano”, disse o coordenador da Coeciber, o promotor de Justiça Mauro Ellovitch.
O cenário, que vem chamando a atenção devido ao aumento de registros, reforça o alerta no Dia da Internet Segura, marcado nesta terça. Ainda de acordo com o MPMG, há relatos de vítimas que recebem até mesmo ameaças e chantagens dos criminosos.
Como ocorre o golpe
Segundo o coordenador da Coeciber, a maneira mais comum de apropriação de perfis se dá por meio de “phishing ou engenharia social”. Por esse método, os criminosos enviam uma mensagem pelo Instagram, por Whatsapp, por SMS ou por e-mail, geralmente com ofertas ou prêmios.
As mensagens mais comuns se referem a descontos em restaurante ou hospedagens, ofertas de milhas em passagens aéreas, oferecimento de verificação de conta para influenciadores e outros tipos de promoções. “Às vezes, a falsa oferta de hospedagem se refere, por exemplo, a um hotel que a própria vítima marcou no seu perfil do Instagram”, afirmou o promotor.
Junto com a mensagem ou na sequência do diálogo, os criminosos enviam um link que, quando clicado, oferece acesso aos dados do titular da conta. “Se os suspeitos não possuem esses programas, eles pedem que a própria vítima forneça dados sobre sua conta e uma mensagem que ela receberá por SMS. Essa mensagem, na verdade, é o código de recuperação de senha da conta do Instagram”, informou o MPMG.
Com os dados obtidos, os suspeitos acessam a rede social, mudam a senha e os dados de verificação. Assim, o verdadeiro titular perde o controle da conta e o grupo passa a oferecer ofertas por produtos.
Saiba como se proteger