O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a falar neste domingo que "nunca pediu" a James Comey, ex-diretor do Escritório Federal de Investigações (FBI, na sigla em inglês), que ele interrompesse as investigações sobre Michael Flynn, ex-conselheiro de Segurança Nacional.
As declarações de Trump vêm na esteira do aumento da tensão política em Washington. Na semana passada, Flynn fez um acordo de delação premiada com o FBI para testemunhar que foi instruído a fazer contato com autoridades russas durante as eleições de 2016.
Por sua vez, Comey, que foi demitido em maio, escreveu em um memorando que Trump pediu a ele que ele deixasse a investigação sobre Flynn "passar".
"Eu nunca pedi a Comey para parar de investigar Flynn. Esta é apenas mais uma cobertura de fake news bem como uma mentira de Comey!", escreveu o presidente americano no Twitter.
Trump disse via Twitter no sábado que demitiu Flynn por ele ter mentido ao FBI e ao vice-presidente, Mike Pence. A demissão do conselheiro ocorreu em fevereiro, e à época, apenas se sabia que Flynn havia mentido para Pence, não ao FBI.
Após Trump dar uma nova versão para a demissão de Flynn, a imprensa americana apontou que as declarações do presidente sugerem tentativa de obstrução de Justiça.
"Não se sabe os motivos de Trump ter citado a mentira ao FBI como um dos fatores para a demissão de Flynn. Isso sugere que o presidente sabia, naquele momento, que Flynn havia feito algo ilegal", disse reportagem da agência de notícias Associated Press.
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